Há cerca de 10 dias, dois jacarandás foram cortados praticamente na Rua Visconde de Pelotas, quase na esquina com Antônio Prado. Eles estavam naquela calçada há cerca de 30 anos. Em novembro passado, as duas árvores não floresceram, como ocorre nesta época com os demais exemplares da espécie. Os galhos pareciam secos, mas verdejavam no tronco, havendo sinais vitais e de reação nos dois jacarandás. Segundo uma moradora das proximidades, houve tentativa anterior de mutilação das árvores.
Ficaram os dois troncos cortados na base, como testemunhas da inviabilidade de convivência entre os moradores e as árvores.
Tais cortes, que precisam de autorização da Secretaria do Meio Ambiente, em geral ocorrem quando as condições fitossanitárias não são as melhores. Mas a natureza tem suas regras e seu ritmo para se recompor. Fotos das árvores antes dos cortes mostram que elas não apresentavam risco de queda de galhos. Estavam firmes e estáveis.
A pergunta que fica é: por que não cuidar e acompanhar do ciclo da existência dos dois jacarandás? Eles levavam e ainda poderiam garantir por muitos anos mais encantamento à rua e aos moradores, além de qualidade de vida e respeito ambiental.
Perdem a cidade e o meio ambiente.