Na conversa com Alex Foppa, que divide a direção da Eccel Incorporadora com Lúcio Turcatti e Guilherme Foppa, já é possível imaginar o que vem pela frente nos próximos anos em Caxias do Sul tendo por base os dos mais importantes empreendimentos inaugurados pela companhia nos últimos anos e a intenção de seguir com novos projetos.
A incorporadora vem se destacando pelos edifícios em área central que projetaram a cidade para os modelos de conjuntos comerciais e residenciais de grandes centros urbanos. A mais recente inauguração foi o Quinta São Luiz, complexo gastronômico, que integra cultura, moda, saúde, beleza e negócios, onde ficava a Vinícola Luiz Antunes, no bairro Exposição. Antes disso, a entrega do empreendimento Pharos marcou os 25 anos da Eccel em Caxias em 2021. O prédio, na esquina das Ruas Santos Dumont e Alfredo Chaves, em frente ao Parque Getúlio Vargas, chama a atenção pela vista para o Parque dos Macaquinhos.
O próximo a inaugurar é o edifício Arbos, em agosto. Ele fica na Rua Duque de Caxias, perto do Juvenil, e tem apartamentos de aproximadamente 150 metros quadrados. Na mesma região do Quinta São Luiz, vai inaugurar o Quinta Jardim, que está em obras na Rua Dr. Montaury. São apartamentos de 185 metros quadrados e o prédio será entregue em agosto de 2025. Além disso, a empresa está entrando na Capital com o Mo.Ve, que fica em frente ao Parcão. Confira a entrevista com Alex Foppa:
Qual é o impacto da inauguração da área comercial e gastronômica do Quinta São Luiz e como surgiu o projeto?
O terreno foi adquirido em 2018, quando funcionava ali o restaurante Quinta Estação. Na época, fizemos um acordo para o Quinta continuar quando o prédio ficasse pronto. As obras ocorreram de 2020 a 2022, mas o projeto pensado para esta área da cidade (no entorno do Fórum) começou muito antes... Em 2014, com o nosso prédio da frente, o Montaury 2090, pensamos em tornar esse “largo” em um local comercial e de convivência das pessoas. Desde aquela época, temos a ideia de prédios com esse perfil na região. Mas foi a partir de 2019 que concebemos o Quinta São Luiz com o conceito que lembra o de mercados públicos, com alas gastronômicas, mas também com uma alameda que remete às pequenas ruas europeias.
E como foi a virada de chave da Eccel para se tornar pioneira nesses empreendimentos?
A gente não gostava de ver aquelas placas de “vende-se e aluga-se”, que ficavam por anos nas fachadas de prédios. A gente desenvolveu internamente um setor específico para “dar vida” aos prédios. E esse setor vem alimentando o de projetos em um ciclo muito positivo, que envolve várias etapas. Do projeto de prédio sem cercas, com muita arborização, ao que envolve trazer marcas que vão operar. De desenvolver um mix de negócios que tem a vocação para o local. E o que complementa isso é o papel que acabamos tendo de unir pessoas. O fato de fazer elas caminharem mais sem carro, unir as pessoas do trabalho e diminuir distâncias. É ter aquela vida do cotidiano com ruas e jardins em áreas que antes não tinham espaços de convivência. Chama a atenção o número de investidores do Quinta São Luiz que destacaram que estão aqui muito incentivados pela própria construtora. A gente tem marcas que já atuam na cidade ou na região que vieram para cá, mas criaram também novas marcas.
E como atrair tanto o setor gastronômico, que vem se recuperando de uma crise após as restrições da pandemia?
Primeiramente, eles acreditaram neste processo, até pela questão turística do local que abrigava um vinícola. Todo mundo pensa nisso, e a gente colocou em prática. Planejamos um mix de operações e seguimos muito forte essa premissa atrás de operadores que olhassem esse conceito diferente. E todos compraram a ideia, com cardápios especialmente pensados, com muita criação. E pelo próprio local, pela segurança que melhora o contexto como um todo.
Com isso, vocês deixam de ser apenas uma incorporadora e passam a ser administradora de espaços comerciais?
Começamos com escritórios e apartamentos, essa mescla... Depois fomos expandindo para terrenos. Aí começamos a ter a necessidade de estacionamentos rotativos. Depois vimos a necessidade de centro de eventos. Os próprios operadores, clientes e investidores vão retroalimentando a construtora com ideias. A gente está muito aberto a todo e qualquer projeto. A primeira coisa que a gente pensa é na vocação do local, antes mesmo de comprar o terreno. E pensa muito em como dar vida para o prédio, seja com uma ala de escritórios, de espaços de saúde, de gastronomia... Isso tudo nasce já com a compra do terreno.
Em mais de 25 anos de atuação, a Eccel alcança que proporções?
A gente brinca que é bom comemorar as vitórias, olhar o que fez, curtir as coisas que estão dando certo, mas, ao mesmo tempo, a gente pensa muito nos projetos do futuro, o que dá para melhorar. Temos hoje, internamente, cerca de 40 pessoas que trabalham conosco, e são mais de 150 diretamente nas obras. Temos mais os empreiteiros, arquitetos e outros profissionais indiretos, como os da assistência técnica pós-obra, e assessorias que envolvem centenas de pessoas. Muita gente dando ideias.
Quais são os próximos projetos que vamos ouvir falar?
A gente ainda está com obras em andamento no Quinta São Luiz. Estamos concluindo o Quinta Jardim, já dando uma dica que esse entorno do Fórum vai virar uma região dos Quintas. Temos outro edifício no Altos do Juvenil com entrega prevista para agosto. E temos o nosso primeiro empreendimento em Gramado sendo entregue em dezembro. O nosso primeiro prédio em Porto Alegre está sendo iniciado. Além desses em andamento, estamos com três empreendimentos em fase de aprovação na prefeitura de Caxias e prospectando outros. Um deles está em fase final com lançamento previsto já para o segundo semestre. Outros dois com previsão para o início do ano que vem. E temos um outro projeto entrando na prefeitura de Gramado.