O alto escalão de muitas empresas costuma utilizar o último andar do prédio corporativo para abrigar as salas mais importantes. No prédio da antiga Metalúrgica Abramo Eberle, esta também era a área que abrigava a sala do industriário precursor do polo metalmecânico da Serra. E ela mantinha um cofre de grandes dimensões que está até hoje no edifício que abriga, atualmente, o Pátio Eberle, na Rua Sinimbu, bem no centro de Caxias.
O complexo conta hoje com 18 lojas térreas, entre a Rua Sinimbu e Os Dezoito do Forte, 10 escritórios e duas instituições de ensino. Uma delas é o Sistema Gaúcho de Ensino (SEG) que, mais recentemente, ampliou suas atividades e passou a ocupar também o último andar do prédio histórico com salas de aula. E os alunos têm um espaço que chama a atenção por conta da preservação da memória caxiense. Em meio às cadeiras e mesas dos estudantes está um cofre de ferro, fincado no chão, do tamanho de um armário.
_ Não há quem não tente abrir e espiar pelo vão para ver se não encontra algo esquecido por ali _ brinca Idemar Panisson, coordenador dos cursos técnicos na área de Administração, Contabilidade e Radiologia, que têm aulas no local.
Outro cofre histórico do Estado relacionado a um empreendimento econômico é o do Farol Santander, no Centro Histórico de Porto Alegre. O antigo cofre do banco hoje abriga um café. Agora uma sala de aula que abriga um cofre de grandes dimensões, como esse em Caxias, é algo inusitado.