A jornalista Juliana Bevilaqua colabora com a colunista Babiana Mugnol, titular deste espaço
Caxias voltou a gerar empregos em setembro, como mostram os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta semana. São nove meses seguidos com mais vagas abertas do que fechadas, sendo a indústria a responsável pela alta. Gigante caxiense, a Marcopolo tem participação importante nesses dados: contratou, neste ano, 3,2 mil funcionários em Caxias do Sul. Desses, 500 haviam sido desligados na pandemia e foram recontratados agora. Na unidade de São Mateus, foram 930 contratações.
Somando Caxias e São Mateus, são 10 mil colaboradores. O número já é superior ao período pré-pandemia, em 2019, quando as duas cidades tinham 9,5 mil trabalhadores — em 2020, primeiro ano da crise sanitária, a Marcopolo foi a 7,6 mil funcionários. O volume também ultrapassa 2015, quando eram 8 mil.
A retomada é comemorada, mas, conforme o diretor de Gestão de Pessoas da Marcopolo, Alessandro Ferreira, há dificuldade em conseguir mão de obra especializada. Por isso, a empresa está oferecendo capacitação profissional. Outra iniciativa neste ano para atrair pessoal foi a realização do Feirão de Empregos, em abril.
— Os cursos são formas de ampliar os conhecimentos. Pessoas que participaram do feirão foram convidadas a fazer o curso e 60% aceitaram — conta Ferreira, acrescentando que, dos 1,3 mil inscritos, 215 foram contratados.
A Marcopolo em Caxias está com 300 posições em aberto.
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Até setembro, Caxias do Sul criou 7.638 vagas. A indústria concentra 5.788 delas, seguida pelos serviços, com 1.565. O comércio gerou 220 empregos e a construção, 162. Já a agropecuária fechou 97 postos de trabalho.