O primeiro CEO da Azul, responsável pela vinda da Zara ao Brasil e com passagens como executivo de grandes marcas, como a antiga Mesbla, Lojas Americanas e Pão de Açúcar, Pedro Janot estará na Serra nesta semana. Ele é uma das principais atrações da Gramado Summit. A participação do ex-CEO será na sexta-feira, às 10h20min, no palco principal da conferência de inovação.
Com mais de 30 anos de carreira em gestão, Janot conversou com a colunista no programa Gaúcha Hoje da Gaúcha Serra nesta semana. Confira os principais trechos da conversa:
Como você se tornou CEO da própria vida?
Depois de fazer três grandes startups como CEO, tive um acidente a cavalo, e fiquei tetraplégico. Com isso, normalmente, as pessoas desistem de buscar seus sonhos. Eu fiz a minha quarta startup como a minha volta ao mercado. Dentro da minha história, você vê casos de superação o tempo inteiro por meio de startups.
Se não tivesse ocorrido o acidente, terias dado essa reviravolta na carreira em algum momento?
Foi um grande ponto de ruptura em quem eu tive que fazer minhas escolhas. Caso contrário, eu teria que criar ruma ruptura a uma determinada idade. Minha vida executiva tinha, minimamente mais 15 anos. O projeto da Azul é grandioso e certamente estaria fazendo o que sempre fazia lá ou começando empresas do zero.
E a dica para começar do zero?
Entender quais são suas maiores habilidade e explorar ao máximo, porque não adianta você ir contra a maré. E, aí sim, começar a desenhar um projeto com profissionais que têm de ter um alinhamento com o sonho, os valores e ritos do fundador, porque você contrata pela técnica e demite pelos valores.
Temos visto movimento mundiais de pessoas se desconectando de empresas. Como reter talentos?
É realmente o desafio do momento, porque o mundo foi obrigado a colocar as pessoas em casa por causa da contaminação e elas viram muito valor nessa nova relação com a família. Eu acredito que, ao longo dessa jornada, a forma de reter talentos é realmente conversar com o talento para entender quais são as dores que ele tem em relação à companhia. E você mudar a companhia junto com esses talentos porque talento você não pode perder, você tem que reter.