Servir café e bebidas quentes nos setores produtivos de empresas da Serra em dias frios já é uma tradição nesta época do ano, mas o inverno mais rigoroso está fazendo muitas indústrias reforçarem as ações para encarar o trabalho com baixas temperaturas. Com pé direito alto, amplas aberturas e com a necessidade de maior circulação de ar na pandemia, os parques fabris se tornam uma “geladeira” nessa época do ano. Por isso, algumas iniciativas que buscam “espantar” o frio ganharam força nesta semana.
É o caso da Marelli, fabricante de móveis corporativos de Caxias do Sul, que ampliou os turnos em que oferece café e chá para os funcionários. Nesta semana, o turno da tarde também foi contemplado. Além disso, outras ações foram adotadas para os cerca de 200 profissionais, segundo o gerente de Recursos Humanos, Fábio Basso. É o caso da permissão para uso individual (em função da pandemia) de garrafas térmicas. Foi flexibilizada também a utilização de outras jaquetas para os profissionais que utilizam o uniforme da empresa. E foi liberado ainda o uso de mantas e cobertores em atividades em que predomina a posição sentada, como áreas administrativas e da costura no setor de estofaria.
Embora algumas empresas liberem, trazer de casa estufas e aquecedores individuais é um ponto polêmico pelos riscos sobrecarga na rede elétrica.
Outra empresa da Serra que chama a atenção nas iniciativas para amenizar o frio é a Luminator. Além de dobrar a oferta de chá e café, distribuiu a cada um dos 76 colaboradores uma outra bebida quente com a seguinte mensagem: “para os dias frios, chocolate quente e muito carinho” (conforme a foto ao lado).
Segundo Rachel Rech Soldatelli, analista de Recursos Humanos da empresa, o quadro menor de funcionários em relação a outras indústrias também favorece um outro diferencial, o de ter ar condicionado na área de produção.
Simone Julianote Forlin, consultora de treinamentos para empresas, têm outras sugestões, de ações que não exigem grandes esforços das companhias, mas que demonstram o cuidado com os trabalhadores. Ela cita exemplos, como permissão para o profissional trazer de casa um pequeno tapete para ajudar a aquecer os pés ou bolsas térmicas de sementinhas, além de colocar creme de mãos e manteiga de cacau nos banheiros para hidratar mãos e lábios ressecados pelo frio, e incentivar a ginástica laboral.