Um projeto da Universidade de Caxias do Sul (UCS), que vem sendo aguardado há cerca de seis anos, está mais próximo de ser inaugurado. A previsão é que o Instituto Hospitalar Veterinário da UCS fique pronto em abril de 2022. Com obras iniciadas há cerca de dois meses, o novo instituto terá área de 3,6 mil metros quadrados e ocupará um prédio que está sendo reformado no bloco 46, onde ficava a editora da universidade que foi para o centro de convivência.
O prédio vai ampliar a estrutura do Complexo em Saúde Animal do curso de Medicina Veterinária. O novo hospital veterinário de Caxias do Sul comportará atendimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e práticas laboratoriais voltadas aos animais. Além de atender aos mais de 700 alunos da área, o instituto vai prestar serviços à comunidade e servir de centro de pesquisa e inovação.
Inicialmente, a intenção era que o hospital fosse instalado no Travessão Solferino (atrás da UCS), mas os planos foram revistos para se aproximar de outras estruturas da universidade que já conversam com o que oferecerá o novo hospital veterinário.
— Se viu que esse prédio na frente do zoológico poderia ser transformado em hospital e também pela proximidade dele com as demais atividades. O prédio fica a cerca de 100 metros do centro clínico para animais que já temos e que virará referência para animais de grande porte. Isso auxilia também no deslocamento dos alunos — aponta o diretor da área do conhecimento de Ciências da Vida, professor Asdrubal Falavigna.
Detalhamento do projeto
O hospital veterinário vai concentrar uma série de atividades que já estão em funcionamento, caso da clínica de pequenos animais, que hoje está no bloco 47, e que desde 2017 atua com enfoque principal em cães e gatos. No mesmo bloco do hospital, salas de aula centralizarão as turmas da graduação, que hoje estão concentradas no 74, além de se tornar sede da coordenação de curso, quadro docente e diretório acadêmico.
O hospital também potencializará o tratamento de doenças infecciosas, o que demanda áreas específicas e de isolamento; aumentará a quantidade de especialidades veterinárias atendidas, a exemplo da oncologia; e os diagnósticos especializados a partir de técnicas mais avançadas em uma ala laboratorial, como de zoonoses e o PCR em tempo real, que ainda não é realizado na região. Esse exame permitiu a primeira identificação de covid-19 em felinos no Rio Grande do Sul. O hospital também vai sediar serviços de bacteriologia, micologia, parasitologia e análises clínicas veterinárias.
Os ambientes ainda poderão ser ocupados, por locação, por profissionais independentes na realização de procedimentos clínicos e cirúrgicos, como o que já é feito nas clínicas e blocos cirúrgicos do curso.
A clínica de grandes animais e seu bloco cirúrgico permanecerão no bloco 56, próximo ao novo Hospitalar Veterinário, e o local, que hoje abriga a clínica de pequenos animais, dará lugar a laboratórios voltados à produção e à reprodução animal, anatomia e patologia veterinária.