A Associação Cultural Moinho Covolan corre contra o tempo para obter o valor necessário para pagar aos herdeiros as parcelas do imóvel histórico de Farroupilha, datado de 1920, que arrematou em uma medida extrema para garantir sua preservação. No final de fevereiro, o prédio do antigo moinho, com mil metros quadrados, foi arrematado por um lance dado pela associação cultural, no valor de R$ 2, 1 milhões. Favorecida pela bandeira preta e outras situações que ampliaram prazos judiciais, a associação ganhou tempo para se reunir com possíveis investidores interessados em projetos que possam preservar o local com suas características originais, e para uso de toda comunidade, fomentando inclusive o turismo local.
Desde então, já foram feitas diversas reuniões com empresários com algum interesse e recursos para apoiar projetos de cunho cultural. Nos últimos dias, integrantes da associação ampliaram o leque de potenciais investidores com uma carta de apoio do Consulado da Itália em Porto Alegre ao projeto que vem sendo chamado Moinho da Mèrica. Com isso, ele vai ser apresentado para investidores estrangeiros do outro lado do Oceano Atlântico. Dentro de um plano maior de preservação de patrimônio industrial e promoção cultural, a ideia está sendo levada também para outros industriais de origem italiana que têm fábricas de grande porte pelo país mirando nas comemorações dos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, em 2025.