O HUB de Eventos da CDL Caxias do Sul vinha se mobilizando na semana passada, quando encaminhou ao município e ao Estado um documento com sugestões de flexibilização das atividades sociais e corporativas para chegar a 100 pessoas, já que o máximo permitido com bandeira laranja chegava a 70. Mas o setor tomou um banho de água fria com o avanço da covid-19 e a proibição daquilo que já representava uma retomada. Com o agravamento da pandemia, cerimonialistas, como um dos coordenadores do grupo, Sidnei Staudt, voltaram a ter que lidar com cancelamentos e adiamentos de celebrações, muitas já remarcadas de 2020 para 2021.
_ Tenho clientes que é a terceira vez que o evento é transferido. Temos esperança que a bandeira volte a ficar laranja e que, de alguma forma, consigamos flexibilizar. Não é ter uma pista de dança, mas é conseguir aumentar a quantidade de convidados, respeitando distanciamento de mesas, quantitativo de pessoas por mesa, horários... Um cerimonialista é norteado por regras e normas. Se não, vão ocorrer mais cancelamentos. Isso sem contar as festas clandestinas _ aponta Staudt.
O cerimonialista diz que o setor começou 2021 mais animado porque eventos transferidos estavam ocorrendo, mesmo com poucas pessoas. O cliente estava se adequando e isso já movimentava vários profissionais, segundo Staudt. No entanto, o representante dos empreendedores diz que, com as novas restrições, os profissionais ficaram desestimulados, pois já não sabem mais como se reinventar.
Staudt diz que a CDL está concluindo uma pesquisa específica sobre o impacto no setor, mas ele adianta que algumas casas tradicionais de eventos fecharam, viraram restaurantes ou criaram delivery. Ele ainda afirma que profissionais de eventos migraram para outros setores e, quem mantém o trabalho, está tendo que lidar com adiamentos sucessivos, de eventos de 2020 para até 2022, e com dificuldade em relação aos orçamentos por conta da imprevisibilidade.