Como ficam os pequenos negócios com a bandeira preta? Eles foram os mais afetados durante a pandemia, mas foram também os que mais se reinventaram. A Associação das Empresas de Pequeno Porte da Região Nordeste do RS (Microempa) auxilia estes empreendimentos em diversas frentes. A primeira delas é na busca de informações para se adaptar aos decretos. O presidente da entidade, Pedro Eloi Steffens, disse que a organização recebeu uma enxurrada de ligações nos últimos dias por conta das incertezas.
_ Porque quando se fala em bandeira preta, se pensa em fechar tudo, mas não é isso. Por isso, o primeiro passo é sempre buscar informações _ aponta Steffens.
A vantagem das pequenas empresas é que elas têm uma estrutura menor para buscar uma reorganização quando há necessidade de mudanças. Mas a principal dica de Steffens é para que os pequenos negócios aproveitem o momento de parada para buscar oportunidades depois que for possível retomar.
_ O pequeno tem que estar sempre pronto _ aponta o presidente da Microempa.
A associação também vem auxiliando os mais de 2.800 empreendimentos na busca por empréstimos, já que depois de um ano de pandemia as empresas ou não tem mais reservas ou já buscam um segundo financiamento. A orientação da entidade é de que a empresa esteja com toda a documentação pronta, pois quando surgem oportunidades com juros menores os recursos se esgotam rapidamente.
A outra orientação do presidente da associação é de que, mesmo em um momento desesperador de crise, o pequeno não se sinta sozinho. A entidade defende muito o associativismo, por isso 8% dos associados integram os chamados núcleos setoriais, formados por empresas de um mesmo segmento para discutir problemas comuns.