O clima de otimismo que imperava no início de 2020 para o setor moveleiro de Bento Gonçalves foi quebrado logo no início da pandemia, mas o setor foi um dos primeiros a iniciar a recuperação. No último semestre de 2020, a indústria já colhia os frutos da mudança de comportamento provocada pelas restrições que deixaram mais pessoas em casas ou influenciaram nas adaptações de ambientes. O balanço do ano passado ainda não foi fechado, mas a expectativa do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) para 2021 é de um crescimento real, descontados os custos com inflação do período, que deve chegar a 4%.
A projeção só não é melhor para este ano porque a produção não consegue acompanhar as vendas. Conforme o presidente do Sindmóveis, Vinicius Benini, a pandemia causou uma forte desorganização da cadeia produtiva, com redução da produção, escala e forte queda de estoques.
_ Existem pedidos ainda parados em função da falta e alta nos preços de insumos e embalagens. Além disso, deverá haver recomposição dos estoques no comércio, atualmente em baixa _ prevê o presidente da entidade.
Nos planos de 2021 do Sindmóveis, além de auxiliar as empresas na retomada dos níveis de produção, está a participação na Fimma Brasil, de 26 a 29 de abril, coordenando rodadas de negócios internacionais, apresentando novidades para a Movelsul Brasil do próximo ano e divulgando a data de inscrições para a 24ª edição do Prêmio Salão Design.