A jornalista Juliana Bevilaqua colabora com a colunista Babiana Mugnol, titular deste espaço
O que você pediu para o Papai Noel neste ano? Aposto que a vacina contra o coronavírus. O pedido de que a pandemia chegue logo ao fim certamente está nas cartinhas de todo mundo que acredita no bom velhinho — e até de quem não acredita. Após um ano tão difícil, as pessoas somente querem que as coisas voltem ao que eram antes.
No espírito de balanço de fim de ano, a coluna pediu a lideranças de diferentes entidades caxienses para citar o que esse 2020 totalmente atípico deixa de lição e o que desejam para o novo ano. Confira:
"Tivemos que nos reinventar e nos adaptar a um novo formato de vida, seja no âmbito pessoal ou profissional. Nos vimos diante de um cenário que impacta os setores da economia, mas que, acima de tudo, afeta a nossa saúde, nosso bem mais importante. Acredito que 2020 nos trouxe muitos aprendizados, mas ressalto dois principais: a resiliência e a união de esforços. Para 2021, meu desejo é que essas duas práticas permaneçam entre nós, e que se intensifiquem. Percebo que foi necessário um momento adverso para entendermos que parcerias, soma de ideias e atuação em conjunto são atitudes que possibilitam encontrar soluções para o desenvolvimento dos negócios, da região e do Brasil. Como entidade, também ficamos ainda mais ao lado do nosso associado. Para 2021, também desejo que a vacina chegue logo, seja eficiente e que possamos retomar as nossas vidas e a nossa economia com segurança e crescimento sustentável". Paulo Spanholi, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs)
"2020 será um ano inesquecível, vai ficar na história como o ano da pandemia. Foi ruim mas bom ao mesmo tempo porque começamos a valorizar os produtos nacionais, e essa falta de matéria-prima de alguns produtos mostra que o brasileiro começa a valorizar nosso produto. 2020 foi o ano da reconciliação, da união das famílias, da sociedade e das instituições. Para 2021, o primeiro pedido é que venha a vacina e que a gente saia dessa doença terrível. E que possamos novamente viver uma vida mais de integração, porque nesse momento as pessoas têm de manter o distanciamento. Então, o maior desejo é que venha a cura e com isso nós vamos recuperar a economia e gerar empregos". Ivanir Gasparin, presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul
"Foi um ano em que a gente teve de olhar de frente para transformação, renovação, tecnologia. A gente teve de entender o cenário porque a pandemia foi algo que nunca aconteceu. Mudou muita coisa em termos de trabalho, rotina, relação com família, amigos, o próprio isolamento social. Muitas empresas tiveram de se adequar ao home office. As empresas tiveram de se reinventar e buscar soluções rápidas. União e parcerias fizeram muita diferença. E também os empresários entenderam algo muito importante, que às vezes tu não te preocupa muito, que é com a própria gestão, capital de giro. A gente não pode contar somente com auxílio do governo e de instituições bancárias. Foi um ano desafiador, com muitos medos, medo do vírus, das incertezas econômicas. Em 2021, a primeira coisa que a gente tem de pedir é que tenhamos a vacina e para todos. Desejo a retomada da economia, do crédito, do emprego, do equilíbrio fiscal. E investimentos na tecnologia educacional. A gente sabe que só muda o calendário, mas o importante é acreditar em dias melhores para todos nós". Luiza Colombo Dutra, presidente da Microempa
"Foi um ano muito difícil, de muita reviravolta em todos os setores, de aprendizado. A lição é o respeito com a vida, que a gente tem de mudar e mudou. Tendo respeito e valorização à vida a gente consegue evitar muitas coisas em relação à pandemia. Nos negócios, foi uma questão muito difícil mesmo, está difícil ainda, mas o aprendizado que a gente tira disso tudo é que a gente tem de viver, tocar a vida, se cuidar, respeitar mais o próximo. E que esse novo ano tenha muita saúde, é isso que eu imagino que tem de ter, saúde e respeito. Que venha a vacina certa para a gente poder começar a viver novamente e trabalhar com mais liberdade." Vicente Perini, presidente do Segh (Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria)
"Em um ano tão desafiador, as principais lições que ficam são a perseverança, a empatia e a união. Em 2020, nos distanciamos fisicamente, mas a pandemia nos trouxe uma forte reflexão e acabou nos tornando mais resilientes e unidos aos nossos associados. As crises sanitária e econômica fizeram com que inúmeras empresas abrissem os olhos para inovação, provocando uma mudança em suas estratégias e modelos de gestão, administração e vendas. Para 2021, o que queremos é nos aproximar ainda mais dos associados da CDL para que eles sigam nos enxergando como parceiros e apoiadores nesta retomada. Acredito que teremos ainda um período de incertezas, mas estamos bastante otimistas com este novo ano e com a possibilidade de que, em breve, teremos dias melhores". Renato Corso, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Caxias
"2020 acelerou a prioridade de investir na venda online para o comércio e, ao criar o Sindi Store, o Sindilojas possibilitou essa oportunidade única aos associados, mostrando como a união é essencial para seguirmos em frente. Como perspectiva para 2021, é inevitável que o desejo seja de saúde para todos nós, porque hoje temos consciência do quão preciosa é para que a vida prossiga com esperança e fé." Idalice Manchini, presidente do Sindilojas Caxias