Nem só de boas notícias vive a economia brasileira. Depois de uma semana tensa, por conta dos impactos do coronavírus na economia global, o relatório Focus, divulgado ontem pelo Banco Central corrigiu a meta do Produto Interno Bruto (PIB) do país, reduzindo a expectativa de 2,30% para 2,23%.
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Enquanto muitos analistas tentavam discernir a relação do sobe e desce das cotações da Ibovespa em meio à alta do dólar, deixam passar informações relevantes a respeito de indicadores que apontam certa desaceleração do Brasil.
EFEITO CASCATA
A redução da projeção do PIB responde a um efeito cascata de, pelo menos, três fatores de impacto recente:
1
Na última quarta-feira (12), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ), apontou recuo de 0,1%, em dezembro de 2019, no volume de vendas do varejo restrito (que exclui as atividades de veículos e materiais de construção), de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).
2
Na quinta-feira (13) passada, o IBGE revelou que o volume de serviços prestados no país recuou 0,4% em dezembro, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
3
Na última sexta-feira (14), a autoridade monetária informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) caiu 0,27% em dezembro, na comparação dessazonalizada com o mês anterior.
INFLAÇÃO
Pela pela sétima semana consecutiva caiu a projeção de inflação de 3,25% para 3,22%. A meta de inflação a ser perseguida pelo BC é de 4%, para 2020; 3,75% em 2021; e 3,50% para 2022.
DÓLAR
Apesar da alta desde a semana passada, o relatório Focus mantém a projeção da moeda norte -americana para 2020 em R$ 4,10, mesmo índice das três últimas semanas.
SELIC
Para 2020, a projeção para a Selic segue impávida em 4,25% ao ano.