Quem não se lembra da época em que era só ir ao mercado perto de casa, comprar e anotar no "caderninho"? O pagamento só ocorria quando viesse o salário. Muita gente acredita que isso seja um capítulo do período em que o varejo confiava na palavra do consumidor. Mas não.
Essa ainda é uma estratégia para fidelizar o cliente utilizada especialmente por minimercados de bairros, em que os fregueses são conhecidos dos proprietários.
Não se trata apenas de uma percepção da colunista, ao avaliar os pequenos estabelecimentos de vizinhança, mas de uma pesquisa com o aval da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS). Ela será divulgada na segunda-feira, mas a coluna antecipa. O dado impressiona: em sondagem com 385 minimercados gaúchos optantes do Simples Nacional, quase metade (44,2%) deles admitiram que o famoso “caderninho” ainda é um recurso adotado como promessa de pagamento.
Eles também informaram que o vale-alimentação é um dos meios de quitação mais frequentes, só atrás de dinheiro, cartão de débito e cartão de crédito.