Parece um contrassenso. Na mesma edição do jornal Pioneiro, na quarta-feira, duas matérias revelam o conflito entre a ambição (ou ficção) e a realidade. Um leitor qualificado que escreveu à coluna assim define: “típico caso em que economia e política não se entendem”.
De um lado, a secretária municipal do Turismo, Renata Carraro, em pronunciamento na Câmara dos Vereadores, voltou a defender a saída de Caxias do Sul da Região da Uva e do Vinho, passando a integrar a Região das Hortênsias no Mapa do Turismo Brasileiro.
De outro lado, a força da Região da Uva e do Vinho é enaltecida. Um de seus principais roteiros turísticos, o Vale dos Vinhedos, recebeu 255 mil visitantes no primeiro semestre deste ano, um número recorde desde o início do levantamento, em 2001.
Enquanto Caxias do Sul luta para ser aceita por Gramado, Canela, Nova Petrópolis e afins, pode estar perdendo o trem de um eixo que já ganhou projeção nacional com sua enogastronomia e cultura.
A vocação de Caxias do Sul é o vinho. Dessa forma, fica órfã de região e gera mal-estar.