É senso comum que Caxias do Sul perdeu competitividade e poderia explorar de forma mais estratégica o turismo de negócios, aproveitando a excelência da cadeia hoteleira e de serviços.
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Também é um temor antigo a perda da Mercopar, sua principal feira industrial, para outros polos, ameaça descartada nesta segunda-feira pelo gerente regional do Sebrae, Cláudio Peiter, durante reunião-almoço da CIC de Caxias.
– Muito se falou sobre a permanência da feira em Caxias do Sul. A feira é de Caxias do Sul, está em Caxias do Sul e permanecerá em Caxias do Sul. Mas a comunidade empresarial de Caxias do Sul também é responsável pela atualização e sucesso da feira – destacou, ao ser aplaudido.
Nas entrelinhas de sua fala, um apelo para a importância das entidades e empresários da cidade abraçarem de forma efetiva essa “causa”.
Até porque a Mercopar perdeu desde o ano passado a parceria da Hannover Fairs Sulamérica, que deixou de realizar eventos no Brasil. Na organização, permanece exclusivamente o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do RS (Sebrae), com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Em 2018, nenhuma entidade local se envolveu no processo de promoção, apenas adquiriram espaços institucionais.
Um ponto que sempre foi questionado é a estrutura do parque de eventos da Festa da Uva, que já causou transtornos e prejuízos com maquinários. Mesmo assim, Peiter mostrou otimismo com a edição 2019 da Feira de Inovação Industrial, que ocorre de 1º a 3 de outubro.
– Após anos de redução de tamanho em razão de dificuldades, este ano a feira conta com uma reversão de quadro, muito se deve pela parceria do Sebrae/Fiergs, que torna a feira muito mais forte. A Mercopar está 30% maior do que no ano passado, tanto por participantes quanto em espaço vendido. São 4,2 mil metros quadrados já vendidos e a ideia é chegar em 6 mil metros. Estamos com 250 empresas e temos espaço para mais – afirmou.
A Mercopar representa um fiel termômetro da retomada fabril.
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