O ano começou com euforia e na expectativa de que os negócios decolariam após um longo período de turbulência. 2019 avança e pode-se dizer que, sim, a indústria superou seu colapso. O comércio luta para tirar o clima de insegurança que ainda pauta o consumidor.
Porém, no geral, o cenário está num ritmo mais devagar do que se imaginava. É como se vivêssemos num clima de estabilização após a melhora dos indicadores. Preocupa é que as pesquisas ainda apontam descrédito no mercado.
O Índice de Confiança do Empresário Industrial, divulgado pela Fiergs, registrou em maio a quarta queda consecutiva, para 57,7 pontos, no menor patamar desde outubro de 2018. Os empreendedores acreditam que só o avanço das reformas poderia destravar a economia. Mas não enxergam uma reversão de expectativas e de contexto nos próximos seis meses.
O percentual de industriais otimistas com a economia brasileira recuou de 80,4%, em fevereiro, para 41,8%, em maio. Com isso, empresários postergam investimentos, impedindo mais empregos e renda.
O trabalhador, inseguro, compra o necessário e não raro amarga a preocupação causada pelo endividamento e pelo desemprego. Algo é tácito: não adianta esperar por governos. Vence quem batalha e persiste.
Leia mais: