Passado o Natal, o momento é de passar a régua nos números. Algumas percepções colhidas:
- Representantes do comércio são unânimes ao afirmar que, ao longo de 2018, foram impactados por greve dos caminhoneiros, Copa do Mundo e eleições. Mas que o consumo reagiu na reta final do ano. Com isso, é possível sentenciar que, para muitas lojas e setores do varejo, esse foi o melhor Natal dos últimos quatro anos. No entanto, o desempenho ainda está aquém dos parâmetros pré-crise.
- Um dos indicadores de retomada veio da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do SPC Brasil: aumentou as consultas de lojistas para avaliar a situação de crédito dos consumidores nas semanas pré-Natal.
- Nos shoppings, as vendas avançaram 5,5% em relação à data de Noel de 2017, muito em função de chamarizes para toda a família, como decoração, gastronomia e brincadeiras aos pequenos. – O Natal salvou o ano – sintetizou Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
- A opinião não é consenso. Alguns preferem a cautela: – Tivemos um ano bastante tumultuado, por conta do período eleitoral. Antes, nossa incerteza era total. Agora, temos meia incerteza – ressalvou o economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo.
- Embora com participação pequena nas vendas totais do varejo brasileiro (de apenas 4%), o comércio eletrônico corre por fora em alta velocidade: o faturamento foi de R$ 9,9 bilhões no Natal, alta de 13,5% em relação ao mesmo período de 2017, segundo a consultoria Ebit/Nielsen.
- Em Caxias do Sul, o momento ainda é de fechar os caixas, mas o Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) aposta em incremento das vendas natalinas entre 8% e 10% sobre o mesmo período do ano passado. O resultado é uma média. Alguns empreendimentos cresceram muito acima disso. Outros, abaixo. Depende muito do setor, da localização, do público-alvo e da estratégia de cada negócio.
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