Em reunião nesta quarta-feira no Sindilojas Caxias, empresários e lideranças confrontaram secretários municipais, Guarda Municipal, Receita Federal e Polícia Civil sobre um dilema antigo e que ganha maior repercussão com as vendas gordas às vésperas do Natal. Trata-se da proliferação de ambulantes no Centro.
Lojistas cobram uma força-tarefa no combate ao comércio informal e querem uma resposta da prefeitura ao pedido sobre alternativas para contornar esse problema, que não é de hoje.
A presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini, foi enfática ao lembrar que, em audiência com o prefeito Daniel Guerra, ficou estabelecido um prazo para resolver a questão: maio de 2018. Mas essa promessa não foi cumprida.
A indignação ganhou eco junto a outras lideranças, como o presidente da CIC, Ivanir Gasparin:
– O comerciante não tem venda, os empresários estão no limite e enfrentando, inclusive, ameaças. Alguma coisa tem de ser feita. Nós pedimos audiência com o prefeito e ele não nos atende – criticou.
A secretária do Urbanismo, Mirângela Rossi, ressalvou que a fiscalização está atuando para minimizar o problema mesmo com o efetivo reduzido:
– A circulação dos fiscais ocorre das 13 horas às 19 horas para coibir a venda, e os ambulantes realmente têm saído do Centro nesse período do dia – justificou, confirmando que as apreensões de mercadorias pararam, pois “não intimidam”, falta efetivo para a prática e não há apoio da comunidade.
Os comerciantes admitem que, quando a fiscalização aparece, os ambulantes somem. Porém, retornam ao mesmo ponto após a passagem dos fiscais. É um dilema de difícil resolução. Antigo, complexo e com impactos econômicos e sociais. Parte dos clientes defende os ambulantes.