Mais do que vender produtos, grandes redes varejistas de moda e eletrodomésticos buscam vender dinheiro. Sim, financiar com juros altos mercadorias ou induzir o consumidor a aceitar cartões de crédito intermediados por financeiras.
Em algumas lojas, é uma prática abusiva até pela forma como ocorre. No caixa, o atendente oferece cartão, fala de facilidades, benefícios, modernização de cadastro.
O consumidor entende que trata-se da atualização do cartão da loja que já possui. Mas quando percebe está assinando um contrato para receber em casa um cartão de crédito, de bandeiras variadas, de uso geral no comércio. Mesmo não assinando o contrato, ao perceber o mal entendido, o cliente recebe em sua casa o cartão de crédito internacional.
Não se sabe qual o treinamento dos atendentes – e o tipo de meta –, pois não raro “empurram” o cartão ao cliente de forma ostensiva, sem grandes explicações, como presenciou a colunista a partir de relatos de leitores.
Alô, Procon: isso merece uma lupa de investigação, em tempos em que a inadimplência em Caxias atinge 78.535 CPFs. Representa uma tentação às dívidas.
