A fase aguda da crise econômica passou? As indústrias estão reagindo? O horizonte é de mais investimentos para os próximos seis meses? Sim, sim e sim. Não por conta do contexto econômico e político, mas por força de reação dos empresários e da iniciativa privada.
Tanto que dois indicadores divulgados na sondagem industrial da Fiergs mostraram crescimento, o da demanda por matéria-prima e o da intenção de investimentos. E mais: o percentual de utilização da capacidade instalada das fábricas aumentou, para 69%, e os estoques estão se ajustando.
– Uma das características marcantes do industrial gaúcho é sua capacidade de reagir positivamente frente às adversidades e, mesmo diante do atual momento econômico no país, projetar novas oportunidades e aumento da produção em um futuro breve – analisa o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry.
O indicador de emprego, porém, não evolui no mesmo ritmo, mas deve ganhar força logo adiante. Ocorre que as empresas, durante a retração, aprenderam a fazer mais com menos e otimizaram as estruturas. Também não contratarão de forma acentuada sem a garantia de manutenção dos números ascendentes e sem que o cenário, hoje tendo como panos de fundo as eleições e o dólar alto, clareie mais.