Figurando entre as principais fabricantes de tubos plásticos flexíveis, a caxiense Mantova investe em alta tecnologia com o uso de grafeno, lâmina de carbono 100 vezes mais forte do que o aço, ultraleve, altamente flexível e condutora de eletricidade, considerada por cientistas um material “milagroso” à indústria.
Há mais de duas décadas no mercado, a empresa investe na criação da Mantoflex, projeto próprio que visa ao desenvolvimento de poliuretanos termoplásticos e que estuda a inclusão do grafeno na sua produção. O objetivo é iniciar o desenvolvimento de elastômeros (polímero que apresenta propriedades elásticas) de elevado desempenho.
Para isso, a indústria procura parcerias para viabilizar o projeto, e recentemente recebeu um pesquisador da Universidade Nacional de Cingapura e cofundador da 2DMaterials, que fabrica grafeno como aditivo industrial para melhorar as propriedades de muitos materiais, inclusive polímeros.
O gerente de projeto da Mantova, Juliano Ernzen, salienta que o Brasil possui uma das maiores reservas mundiais de grafite:
– Queremos aproveitar essa onda, pesquisando a incorporação do grafeno para reduzir a permeabilidade e melhorar a condutividade elétrica e térmica do polímero, podendo esse ser um novo e promissor material para aplicação em tubos e uma inovação no mundo moderno – explica.
De olho em inovação, a Mantova trabalha para crescer 25% em 2018.
O grafeno representa ainda o futuro da tecnologia, por ser forte, leve, fino, transparente e elástico. Está em curso uma revolução na indústria de eletrônicos, projetando uma nova geração de componentes e dispositivos.