A colheita da uva está praticamente encerrada, e as vinícolas da Serra estão eufóricas com a qualidade da fruta, o que vai tornar o ano de 2018 uma referência para os vinhos e espumantes que serão produzidos a partir de agora. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE), Edegar Scortegagna, todo ano em que outros setores da agricultura do Estado sofrem com a seca, a uva é beneficiada, porque não necessita de tanta chuva. Como a maior parte das uvas tintas ficou madura em fevereiro, a chuva pontual de janeiro não atingiu essas variedades. As uvas brancas também escaparam da umidade porque tiveram a colheita antecipada.
— Está se falando em safra da década porque todas as variedades estão com qualidade, porque tivemos noites frescas e dias mais quentes. A uva concentrou mais cor e aroma. Nem todo mundo trabalha com vinhos ícones, mas quase todas as vinícolas vão produzir grandes vinhos — garante o presidente da ABE.
Entre as vinícolas da Serra conhecidas por vinhos de safras especiais está a Miolo. Segundo Adriano Miolo, a colheita deste ano supera as de 2011 e 2012. Com isso, a Miolo vai produzir toda a sua linha de vinhos ícones em 2018, que só costumam ser elaborados em safras excepcionais. É o caso do Lote 43. A última edição deste vinho foi de 2012.
A Valduga é outra marca que trabalha com vinhos de safras únicas. Daniel Dalla Valle, diretor técnico do grupo Família Valduga, afirma que os icônicos Luiz Valduga e História não são fabricados desde 2012, e a intenção é elaborá-los neste ano. Ele acrescenta que esses são os produtos que já existem na linha, e a chance é grande de vinhos exclusivos serem lançados para destacar a qualidade da safra 2018.
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* A colunista Silvana Toazza está de férias.