Os sinais de que a economia caxiense começa a curva ascendente após despencar fundo no poço são confirmados a partir de dados da conjuntura e do mercado de trabalho.
Um dos grandes sinalizadores de que o cenário parece mais amigável neste começo de 2018 do que se apresentava no início de 2017 é que importantes indústrias da cidade não deram férias coletivas para dar conta dos pedidos.
Esse é o começo da recuperação. Houve anos de superaquecimento no consumo, como 2013, que são irreais e não podem ser parâmetros. Mesmo assim, o desempenho da cidade está aquém do potencial. Sua força econômica precisa ser resgatada degrau a degrau. Para isso, alguns pontos são fundamentais.
Para um cenário positivo
- A indústria de Caxias tem ainda quase 30% de ociosidade que precisa ser preenchida com mais pedidos, sem que para isso sejam necessários investimentos em maquinários e força de trabalho.
- Mesmo com a economia retomando, o mercado de trabalho vai acelerar de forma mais cautelosa. O motivo é que as empresas aprenderam a fazer mais com menos e as equipes foram recicladas. Outra questão é que só com uma sinalização mais efetiva de retomada as companhias investirão em mão de obra. Faz-se necessário essa confiança no futuro.
- A indústria começou a engrenar, mas isso precisa se expressar de forma gradual e permanente para influenciar com mais vigor o comércio e, posteriormente, os serviços. A indústria foi a primeira a entrar na crise e a primeira a sair. Já o serviços foi a última atividade de Caxias a sinalizar retração e será a última a azular os índices.