Se há setor que depende de financiamentos para ganhar mercado é o de bens de capital (como máquinas, reboques e ônibus). Se esses recursos escasseiam, seja pelo rigor do crédito, resistência dos bancos repassadores diante da crise financeira ou incerteza do investidor, a indústria pesada de Caxias do Sul fica comprometida, afetando em cadeia toda a economia.
Foi o que ocorreu. No primeiro semestre, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 33,5 bilhões em volume de empréstimos, redução de 16,6% frente ao mesmo período de 2016. Os dados foram divulgados nesta semana e, embora preocupem, são menos desalentadores do que o tombo de 42% na comparação entre os seis primeiros meses do ano passado com igual ínterim de 2015.
Micro, pequenas e médias companhias, com faturamento de até R$ 300 milhões por ano, responderam por 40% do crédito. Por sua proporção de empresas, o maior impacto verificou-se na Região Sudeste, na qual os desembolsos enxugaram 28%, seguida pela Sul, com baixa de 20%, e Norte, com recuo de 16%.
– Continuamos a ter indicadores de investimento que deixaram a desejar – definiu o superintendente de Planejamento e Pesquisa do banco, Fabio Giambiagi.
Detalhe: no primeiro semestre, a retração nas aprovações do BNDES foi de 26%, acima dos desembolsos.
Caixa-Forte
Falta de empréstimos trava investimentos no país
BNDES desembolsou R$ 33,5 bilhões em volume de financiamentos no primeiro semestre, queda de 16,6%
Silvana Toazza
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