Essa é a proporção de pessoas sem emprego em Caxias do Sul. Os números chocam e preocupam, já que são 29,6 mil pessoas na cidade em busca de uma oportunidade para entrar ou voltar ao mercado de trabalho formal. Esse exército de pessoas sem ocupação equivale à população de Flores da Cunha, de 29,4 mil habitantes (conforme censo estimado em 2016 pelo IBGE).
Esses dados nem são tão arrojados, pois só levam em conta o mercado formal. E só a indústria metalmecânica de Caxias fechou 23 mil vagas de trabalho nos últimos três anos, em função da crise que abateu-se sobre o setor, diminuindo contratos e receitas.Com isso, a cidade do pleno emprego comove-se ao ver tanta gente em filas do Sine, em agências de recrutamento e pelas feiras de oportunidades.
O desemprego não escolhe idade e nem formação: há jovens que não conseguem estrear a carteira de trabalho, assim como é comum profissionais com currículo invejável disputando vagas de menor importância.
O cenário do desemprego motiva outros cenários paralelos. Nunca presenciou-se tantos profissionais na informalidade, vivendo de “bicos”, ou abrindo pequenos negócios, na própria casa ou em bairros, nos quais os preços dos aluguéis são mais em conta.
Caixa-Forte
Caxias do Sul tem uma Flores da Cunha de desempregados
Esse é contingente de pessoas sem emprego em Caxias, equivalente ao da população da cidade vizinha
Silvana Toazza
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