Dia 1º de maio, Dia do Trabalho. Nos últimos anos, o trabalhador tem mais razões para lamentar, refletir, do que comemorar. Isso porque, com a retração na economia, a dura realidade de muitas famílias foi o desemprego. Mesmo quem se manteve no mercado de trabalho, passou a viver em estado de apreensão e dúvidas.
Em Caxias do Sul, foram 22 mil vagas de trabalho encerradas nos últimos três anos. Não há motivos para festa neste feriado, mas ao menos o fechamento de oportunidades arrefeceu na cidade, que até registrou saldo positivo de 2.127 postos no primeiro trimestre de 2017. Isso ajudou a minimizar o rombo dos últimos 12 meses, quando Caxias ainda acumula um dado amargo: 4.577 vagas encerradas.
2017 ter tingido os números do Caged de azul é um bom começo. Mas há muita gente sem colocação, que passa o dia nas filas do Sine e de agências de emprego, sem perspectiva. Esse cenário se reflete em todo o país, onde são 14,2 milhões de pessoas à procura de uma vaga, quase o equivalente à população dos Estados de Pernambuco, Sergipe e Piauí juntos. A taxa de desemprego no país saltou para a marca recorde de 13,7% no trimestre encerrado em março.
Será que os dados têm margem para piorar antes de melhorar? Caxias pode surpreender.