Oferecer incentivos a empresas, para se manterem ou virem para Caxias. Por que não? A guerra fiscal e de benefícios de toda a ordem é acirrada com outros municípios (alguns vizinhos, como Flores da Cunha e Farroupilha) e Estados. A lista de companhias que perdemos (e lamentamos) pode crescer ainda mais. Quem perde? A cidade, o poder público, o trabalhador, o empresário, as famílias, as empresas. Todos!
Muita gente acredita que não é válido priorizar uma empresa, oferecer incentivos públicos, porque isso significaria aliar-se com o poder, com os patrões. Mas a verdade é que cidades que conseguiram atrair grandes montadoras, multinacionais e fabricantes de grande porte mudaram sua história e sua perspectiva. Geraram milhares de empregos, criaram uma rede de sistemistas (fornecedores) locais e devolveram aos cofres públicos recursos portentosos a serem investidos em serviços de qualidade aos moradores.
Mas, além de incentivos, pesa na escolha uma infraestrutura de excelência, com bons aeroportos e estradas, que facilite e reduza custos logísticos, outro item a ser priorizado com urgência na cidade. Caxias nunca se preocupou em desenvolver uma política pública de atração de empresas, e muito menos de retenção. Além disso, por vezes, a burocracia afasta.
Agora, o cenário mudou. A crise forçou companhias a colocarem no papel custos, a calcularem. Outras cidades passaram a ser mais agressivas, com a criação de distritos industriais. Perdemos Keko, Cooperativa Aliança, Plásticos Itália, Robertshaw, entre outras. O momento de discutir nosso futuro é agora.