Agora é a vez das Empresas Randon divulgar seu balanço no primeiro semestre, considerado desafiador. O conglomerado caxiense busca mudar a rota de timidez do mercado com maior rigor na gestão de custos, maior eficiência e restabelecimento na geração de caixa.
A fabricante de implementos rodoviários registrou receita bruta total de R$ 984,2 milhões no segundo trimestre, ou 3,1% inferior ao mesmo período de 2015. De janeiro a junho, a receita bruta somou R$ 2 bilhões, com retração de 0,3% sobre igual semestre de 2015.
Nos seis primeiros meses de 2016, a receita líquida consolidada totalizou R$ 1,4 bilhão, registrando estabilidade quando comparada ao mesmo período de 2015. A análise: o mercado de semirreboques está enfrentando mais um ano de queda nos volumes de produção e vendas, amargando reduções próximas a 20%. Entretanto, mês a mês, o cenário de retração está dando lugar a uma maior estabilidade nos pedidos.
– A recuperação de mercado deverá ser lenta e gradual, mas a companhia está pronta para aproveitar o avanço da economia a fim de restabelecer os resultados esperados por acionistas e mercado em geral – afirma o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Geraldo Santa Catharina.
Na contramão dos demais segmentos, o setor ferroviário vem apresentando sinais positivos, permitindo que a Randon mantenha a produção de vagões em bons níveis, com a entrega no segundo trimestre de 429 vagões (crescimento de 12,3% em relação ao mesmo período de 2015). A carteira de produtos para o próximo trimestre já está definida, e novas negociações estão em andamento.
Santa Catharina acredita que o setor de caminhões aos poucos sinaliza manutenção nos volumes e que uma retomada será possível tão logo o mercado retome a confiança na economia e na política. No entanto, reforça, 2016 já pode ser considerado o pior dos últimos 15 anos.