A coluna abordou recentemente a grande concentração de ambulantes nas calçadas da Avenida Júlio de Castilhos, em Caxias. A maioria dos vendedores de meias, luvas, toucas e afins é formada de imigrantes. O público se posicionou em redes sociais e por e-mail basicamente de quatro formas:
1ª) Criticando a falta de fiscalização do poder público, o que causa prejuízos ao comércio formal, que paga impostos e vê os ambulantes esparramados em frente aos seus estabelecimentos. Isso dificulta o acesso às lojas e às vitrines, fora a questão da concorrência desleal.
2ª) Como a cidade não dispõe de políticas fortes para amparar os senegaleses e haitianos, que dependem de seu trabalho para sobreviver, e as vagas no mercado de trabalho estão escassas, muitos leitores consideram justo eles buscarem uma alternativa de sustento informal, mas digna.
3ª) Alguns leitores afirmaram que as próprias lojas estabelecidas burlam e nem sempre concedem nota fiscal ao cliente, sonegando tributos. Portanto, não têm moral para criticar a informalidade. Claro, não são todas. Não dá para generalizar.
4ª) Consumidores reclamam da dificuldade de transitar na Júlio e adjacências, de entrar em lojas e de olhar vitrines, em função da grande quantidade de produtos e ambulantes espalhados pelas calçadas, obstruindo um espaço público.