A aprovação unânime do projeto de lei nº 48/2023, na última terça-feira (9), na Assembleia do RS, deve ter impactos diretos à população dos bairros Cantares, São Sebastião, Fey e Alegre, de Carazinho, no norte gaúcho. O texto, que ainda depende da sanção do governador Eduardo Leite, permite a municipalização de um trecho de 2,31 quilômetros da RS-142, que hoje pertence ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
A rota liga Carazinho a Não-Me-Toque, mas passa dentro do perímetro urbano do município. A troca de jurisdição do trecho à prefeitura de Carazinho era uma reivindicação antiga da comunidade, que não podia realizar intervenções no local, como sinalização ou a instalação de redutores de velocidade, pelo fato do Daer ser o responsável pela manutenção do trecho.
— Era uma novela que tínhamos na cidade. Agora, felizmente, se encaminhou para uma solução. O município conseguia fazer as obras de conservação, ajuste e urbanização na avenida, mas quando chegava desse ponto não tinha mais como seguir — destaca Júlio Piva, presidente da Associação Comercial e Industrial de Carazinho (Acic).
Segundo o prefeito de Carazinho, Milton Schmitz (MDB), foram diversas reuniões com o governo do RS para discutir a situação. Agora, a prefeitura tem um pré-projeto de intervenções para o trecho.
— Isso era uma demanda de muitos anos e de diversos prefeitos. À medida que um governador sancionar essa lei, já temos um pré-projeto, onde estaremos ampliando e projetando para começar as obras ainda neste ano. O objetivo é dar mais segurança na trafegabilidade dos moradores nessa região — destacou.
Agora, a comunidade aguarda a mudança, que deve afetar cerca de 5 mil habitantes daquela região, com melhorias na trafegabilidade de fluidez no trânsito. Conforme o prefeito de Carazinho, o setor de engenharia da Secretaria Municipal de Planejamento se debruçará sobre a gestão da via a partir da sanção do governador, que não tem data prevista.