Segurança

Ainda detonáveis
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Granadas de cem anos mantidas como herança são detonadas no noroeste do RS

Artefatos autoexplosivos seriam "lembrança da guerra" de antigo morador e foram mantidas na residência após sua morte no município de Ajuricaba

Tamires Hanke

A Brigada Militar detonou três artefatos explosivos com idade estimada em 100 anos em duas residências no centro de Ajuricaba, município de 6,7 mil habitantes do noroeste gaúcho. Trata-se de granadas autoexplosivas de canhão 75mm que, se acionadas, podiam explodir. Pelo menos duas delas ainda tinham carga. 

O artefatos estavam guardados no depósito de uma residência pelos filhos de um ex-morador, que já morreu. Conforme o subcomandante o 29º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Ijuí, Luciano Pavlak, o homem guardava as granadas como herança do pai, que trouxe os artefatos de lembrança da guerra.

A família acionou o Exército assim que constatou que os explosivos poderiam ser detonáveis. No local, a Brigada Militar isolou o espaço e removeu os artefatos.

A terceira granada foi localizada durante a movimentação. Segundo a BM, um morador se aproximou do local e explicou que guardava um objeto similar. Segundo ele, a granada teria sido um presente. Assim como os demais, o artefato foi removido do local. 

De acordo com o subcomandante Pavlak, os artefatos precisariam ser acionados para explodir. Para isso, contudo, basta tocar a espoleta — ou seja, qualquer manuseio incorreto do objeto ou queda seria o suficiente para a explosão

Os três explosivos foram detonadas por uma equipe especializada da BM em um local seguro no interior do município.

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