O Hotel Romanttei, de Mato Castelhano, no Norte do RS, onde dois professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foram assassinados na madrugada desta quinta-feira (25), não possuía câmeras de segurança, nem registro de hóspedes. Segundo a Polícia Civil, por enquanto não há nenhum indicativo da identidade nem do paradeiro dos criminosos.
— Era um hotel bem de interior, funcionava 24 horas e as pessoas iam lá na hora que precisavam — disse o chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré, em entrevista ao Timeline da Rádio Gaúcha.
A Brigada Militar possui um posto ao lado do hotel, mas não havia nenhum policial no momento.
— Por ser ao lado de Passo Fundo, a resposta foi imediata. Nós temos guarnições mais numerosas em Passo Fundo e o município fica a 15 quilômetros de distância — afirmou o coronel Marco Antônio dos Santos Morais, comandante regional da BM.
Segundo informações da assessoria de imprensa da UFSM, o grupo de 15 estudantes e três professores do curso de Engenharia Florestal fazia uma visita de campo à Floresta Nacional de Passo Fundo, que fica em Mato Castelhano. Conforme a proprietária do hotel, eles chegaram no local no momento do assalto e foram baleados pelos bandidos.
Segundo o comando da corporação, os disparos que atingiram Fabiano de Oliveira Fortes, 46 anos, e Felipe Turchetto, 35, ocorreram por volta das 4h, mas a polícia só foi acionada meia hora depois, com deslocamento da equipe de Passo Fundo.
A proprietária do hotel, Aline Roman Mattei, conta que foi acordada pelo barulho dos tiros, e aí soube que a mãe, amigos e clientes tinham sido rendidos pelos criminosos.
Conforme testemunhas, os bandidos fugiram em um Ford Fusion Preto. Como houve esse tempo de 30 minutos, os suspeitos conseguiram escapar, sem deixar vestígios de localização.