A Polícia Civil investiga o homicídio de Arthur Prestes dos Santos, que desapareceu no último 18 e teve o corpo encontrado na terça-feira (24). Apesar da localização do cadáver, o caso ainda tem perguntas não respondidas. Veja o que se sabe até o momento.
Desaparecimento
O homem de 25 anos foi visto pela última vez na madrugada do dia 18 de outubro. Ele saiu da casa dos pais por volta de 0h30min, onde tinha costume de almoçar e jantar, para ir para a oficina mecânica e de chapeação onde morava e trabalhava.
No outro dia, não apareceu para trabalhar. Conforme seu pai, Juarez dos Santos, a família ficou preocupada quando, na quinta-feira (19), não recebeu notícias. O pai foi até a oficina, que operava normalmente, mas constatou que a motocicleta utilizada por Arthur havia sido levada. O veículo está no nome de Juarez, mas era utilizada pelo filho. Ele registrou um boletim de ocorrência por furto. O veículo não foi localizado.
Celular formatado
Na sexta-feira (20), o celular de Arthur foi encontrado formatado às margens da RS-332, no trevo de acesso à Soledade. De acordo com o delegado responsável, Marcelo Gasparetto, o aparelho deve ser enviado para análise do sistema de inteligência da polícia, na tentativa de recuperar algum conteúdo que possa indicar a motivação do crime.
Corpo carbonizado
Na terça-feira (24), uma semana depois do desaparecimento de Arthur, um corpo foi encontrado carbonizado em uma vala na altura do km 12 da RS-332, comunidade da Margem São Bento, no interior de Soledade. Conforme o comandante do 38° Batalhão de Polícia Militar, Juliano Moura, não havia condições de identificar o cadáver, por estar em estágio avançado de decomposição.
A perícia criminal coletou material genético do corpo para realizar a identificação. Porém, no mesmo dia, o corpo foi liberado e familiares reconheceram que se tratava de Arthur, por causa do tamanho e vestígios da cor da pele e dos cabelos do cadáver. O sepultamento aconteceu em Mormaço.
De acordo com Gasparetto, a perícia ainda será realizada para determinar categoricamente a identificação. No entanto, a polícia já trata o corpo como de Arthur "para que a investigação tome um rumo mais determinado".
Próximos passos
A investigação passou a tratar o caso como um homicídio. Segundo Gasparetto, depoimentos estão sendo colhidos na tentativa de identificar quem é o autor do crime. Até a manhã desta quarta-feira (25), pelo menos 10 pessoas já tinham sido ouvidas.
— Por enquanto não temos nada muito concreto com o que trabalhar. O que sabemos, mas ainda inicialmente, é que Arthur gostava de jogos de azar, então isso pode ser uma pista — pontuou o delegado.