Ambos os hospitais de Passo Fundo, no norte do Estado, que possuem leitos de UTI neonatal pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estão trabalhando com 100% da capacidade de lotação. O Hospital de Clínicas (HC) anunciou na manhã desta quinta-feira (9) que está com restrições para novas internações de gestantes de alto risco, e que opera com 15 dos dez leitos ocupados.
A situação de superlotação no HC se arrasta há três meses, e a sobrecarga de trabalho acarretou na falta de insumos, o que fez o hospital estabelecer as restrições. Referência em atendimento de alto risco, o Clínicas recebe as pacientes de 62 municípios da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde, sendo que seis destas não possuem médicos obstetras.
Segundo a coordenadora da UTI Neonatal do HC, Giovana Belke, normalmente, cerca de 75% da ocupação da UTI Neonatal do hospital é de bebês que não são naturais de Passo Fundo.
Do total de dez leitos, oito são destinados a pacientes do SUS e dois para convênios particulares, porém, atualmente, estão os 15 em atendimento pertencem ao SUS.
Situação semelhante no Hospital São Vicente de Paulo
O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) também trabalha com lotação máxima. Dos 20 leitos disponíveis, 18 já estão ocupados e os dois demais, um será destinado a uma paciente gestante de 34 semanas que está no HC, e o restante para outra paciente que está no Centro Obstétrico.
De acordo com a coordenadora do Núcleo Interno de Regulação do Hospital São Vicente de Paulo, Josiane Diehl Moia, o hospital costuma trabalhar com 100% da capacidade dos leitos de UTI neonatal:
— É da nossa rotina operar com 100% da capacidade. Porém, na maternidade, temos 13 gestantes que podem vir a precisar de leitos de UTI, duas delas estão grávidas de gêmeos, que geralmente nascem prematuros e demandam cuidados especiais — relata.
A partir de agora, se não houver liberação dos leitos, novos casos serão cadastrados no sistema do Estado, e encaminhados conforme prioridade para hospitais de outras cidades que possuírem vagas.
O que diz o Estado
Em nota, a secretaria estadual de Saúde informou que os leitos são priorizados conforme proximidade do paciente à hospitais que tenham capacidade técnica para atendimento. Quanto à superlotação, os hospitais podem “acionar a regulação estadual se precisar remanejar para outra instituição próxima”.
GZH Passo Fundo
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