A energia impulsiona todas as atividades econômicas. A busca por mais produtividade e eficiência na geração, aliada a um menor impacto ambiental, são determinantes para o futuro. O incentivo e a busca por garantir a geração de energia a partir de fontes renováveis se amplia consideravelmente. No entanto, quem trabalha no setor percebe que o conceito de “energia renovável” ainda não é claro para todos.
A ascensão da geração solar e eólica na matriz energética brasileira ocorreu de forma conjunta com o título de “energia renovável” - o que é muito importante, considerando a crescente representatividade destas fontes na energia gerada em nosso país. Mas, em razão disso, observamos muitas dúvidas sobre a eficiência ambiental da geração hídrica - que também é uma fonte de energia limpa e renovável.
No ano passado, 93% da energia consumida no Brasil foi proveniente de fontes renováveis. A geração hidrelétrica representa 58% da capacidade instalada em nosso país. Um dos grandes diferenciais da fonte hídrica é sua capacidade de funcionar como baterias naturais, armazenando energia para períodos de intermitência das fontes solar e eólica. Suas instalações possuem um longo ciclo de vida, gerando energia por décadas sem demandar grandes alterações estruturais.
A liberação da construção de uma usina hidrelétrica é condicionada à execução de amplos programas de reflorestamento, conservação da biodiversidade e educação ambiental. E neste contexto, as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) com potência instalada entre 5 MW e 30 MW, e as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) com até 5 MW de potência instalada, se destacam ainda mais pela redução do impacto ambiental. As PCHs e CGHs são planejadas para aproveitar quedas d’água naturais, possibilitando a construção de reservatórios menores. Além disso, estas construções de menor porte promovem o desenvolvimento regional, gerando empregos, estimulando a economia e, muitas vezes, promovendo o turismo, atividades recreativas e ambientais em suas áreas de influência.
Na Coprel, acreditamos no potencial dessas fontes e defendemos a geração hidrelétrica de PCHs e CGHs como fundamentais. Atualmente, entre empreendimentos próprios e em conjunto com outras cooperativas e investidores, dispomos de uma capacidade instalada de 73,6 MW em sete PCHs e três CGHs - o que representa o consumo de aproximadamente 73 mil famílias.
Esperamos que o conceito de energia renovável seja cada vez mais disseminado e que estas fontes sigam crescendo, diminuindo a necessidade de termelétricas movidas a combustíveis fósseis que, além do impacto ambiental, aumentam o custo da energia. Nosso compromisso enquanto cooperativa é continuar investindo e desenvolvendo projetos que, além de gerar energia limpa e renovável, também contribuam para um futuro mais sustentável e próspero para todos.