A família do piloto gaúcho que morreu na queda de um avião na Venezuela no último domingo (10) contratou uma empresa da Bahia para agilizar o processo do translado do corpo até o RS. Dessa forma, a expectativa é que o corpo de Cristian Seganfredo Auler retorne ao Brasil nos próximos dias.
Familiares do piloto tentam fazer o translado desde 12 de março, quando receberam a notícia de que o piloto morreu em uma queda de avião a 30 quilômetros da cidade de San Fernando de Apure, no norte da Venezuela. Além dele, também morreu um copiloto brasileiro, que não teve o nome divulgado. As causas e circunstâncias da queda não foram esclarecidas.
Segundo o irmão de Cristian, o advogado Lauro Antônio Auler, a empresa da Bahia viabilizou o translado por via terrestre até a cidade de Boa Vista (RR), onde será preparado para o envio a Porto Alegre ou Passo Fundo — ainda não definido — por avião.
— Eu não tive nem tempo de chorar ainda, estou lutando para fazer a liberação do corpo desde que ficamos sabendo, no dia 12 — disse o irmão Lauro, que chegou a cogitar ir até a Venezuela para buscar o corpo do piloto em meio às dificuldades burocráticas e de documentação.
Em nota, o Itamaraty informou que tem conhecimento do caso e presta assistência consular aos familiares, mas o translado de Caracas para o Brasil é de responsabilidade da família.
Aos 42 anos, Cristian era natural de Sertão, no norte gaúcho, mas morava em Passo Fundo. Ele atuava como piloto desde 2018, principalmente com aeronaves de pequeno porte para o transporte de passageiros e táxi aéreo no Mato Grosso.
Além do irmão, do pai e da mãe, Cristian deixa duas filhas. Assim que chegar ao Rio Grande do Sul, o corpo vai ser velado na capela mortuária de Sertão e enterrado no Cemitério Municipal da cidade. A família, contudo, aguarda a chegada do corpo para isso acontecer.