Familiares do piloto gaúcho Cristian Seganfredo Auler, 42 anos, que morreu em uma queda de avião no último domingo (10) a 30 quilômetros da cidade de San Fernando de Apure, na Venezuela, vivem a angústia da espera do translado do corpo para o Brasil.
Auler era natural de Sertão, no norte do RS, mas atualmente residia em Passo Fundo. Segundo o irmão, o advogado Lauro Antônio Auler, a família tem enfrentado dificuldades para trazer o corpo ao Brasil, mas recebe apoio do governo brasileiro. Agora, estudam a contratação de um advogado venezuelano para agilizar o processo.
— Não descartamos nossa ida (para buscar o corpo) até a Venezuela. Porém o fato de não conseguirmos ter acesso aos restos mortais dele só faz com que a tristeza se prolongue e traga mais desespero à família — disse o familiar.
O corpo do piloto está em San Fernando de Apure, cidade de cerca de 220 mil habitantes localizada a 400 quilômetros da capital venezuelana, Caracas. Questionado, o Itamaraty informou que tem conhecimento do caso e que presta assistência consular aos familiares do brasileiro, mas o translado de Caracas para o Brasil é de responsabilidade da família.
Relembre o caso
O avião tripulado por Auler, um Piper Saratoga, caiu por volta das 20h (horário local) a 30 quilômetros da cidade de San Fernando de Apure, ao norte da Venezuela, no último domingo (10). Os familiares foram informados da morte na terça-feira (12) pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. As causas e circunstâncias da queda não foram esclarecidas.
Além dele, um copiloto brasileiro, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades, também estava na aeronave. Os dois morreram na hora. Auler atuava como piloto desde 2018, principalmente com aeronaves de pequeno porte, para o transporte de passageiros e táxi aéreo no Mato Grosso.
Além do irmão, Lauro, o piloto deixa o pai, José Andrelino, a mãe Zita, as filhas Isadora e Luiza, e a cunhada Analu. O corpo será velado na capela mortuária do município de Sertão, ainda com data a definir. Ela será sepultado no cemitério da cidade.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que, como o incidente ocorreu fora do território brasileiro, será necessário contatar as autoridades de aviação civil da Venezuela para eventuais trâmites procedimentais. A reportagem contatou o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.