Contabilizadas pela primeira vez no Censo de 2022, as comunidades quilombolas estão espalhadas por todo o país, sendo sete no norte do Rio Grande do Sul, em cidades próximas a Passo Fundo.
Em todo o Estado, 17.496 pessoas se autodeclararam quilombolas. Elas estão distribuídas em 89 municípios. No norte do RS, a autodeclaração veio de 835 entrevistados. Os municípios com comunidades quilombolas são:
- Carazinho: 39 pessoas
- Colorado: 477 pessoas
- Coxilha: 5 pessoas
- Espumoso: 13 pessoas
- Sarandi: 36 pessoas
- Sertão: 205 pessoas
Há, ainda, o registro de 11 pessoas em Não-Me-Toque e 36 em Passo Fundo, mas esses municípios não possuem comunidades quilombolas estabelecidas, segundo o Atlas Socioeconômico do RS, de 2020.
1,3 milhão no Brasil
Os dados publicados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 1,3 milhão de pessoas se autodeclaram quilombolas no país. O número equivale a 0,65% da população brasileira.
Quilombola é o termo que identifica pessoas remanescentes de comunidades dos quilombos, locais que concentravam escravos fugidos durante o período colonial do Brasil. Mesmo com a abolição da escravatura, essas áreas continuaram existindo.
Por isso, a Constituição de 1988 alterou o termo, que passou a definir áreas ocupadas por comunidades remanescentes desses antigos quilombos. As propriedades das terras desses grupos são, até hoje, asseguradas por lei. O Nordeste concentra 68%, ou 905.415 pessoas, do total de quilombolas do país.