Um misto de desespero, medo e alívio tomaram conta da passo-fundense Gabriele Basso Toffolo no fim de tarde de quinta-feira (2) após ver sua filha, Heloísa Toffolo Britto, de oito meses, se afogar ao beber água depois de jantar.
Sozinha em casa, para conseguir socorro, a mãe fez contato com a Brigada Militar, que ajudou a salvar a criança em menos de quatro minutos de ligação telefônica. Nas redes sociais, Gabriele publicou um agradecimento emocionado ao trabalho da Brigada Militar e relatou que passou pelo "pior momento como mãe".
Bebê se engasgou ao tomar água
Heloísa já havia se engasgado com poucos meses de vida por causa da grande produção de leite de Gabriele na amamentação, mas nunca houve um engasgo que durou tanto tempo como desta vez. A mãe chegou a procurar ajuda de uma fonoaudióloga, quando foi informada que o fluxo de leite era grande para o movimento que a filha fazia ao amamentar.
Na quinta-feira, ela estava terminando de dar o jantar para Heloísa, quando a pequena se engasgou com poucos goles de água da mamadeira. Ao ver a filha tossindo e não conseguindo respirar, a mãe pensou no que seria mais ágil para salvá-la.
— Foi bem desesperador. Eu sempre botava a cabeça para baixo, batia nas costas desafogava, mas ontem, quando fiz, não adiantou. Eu estava sozinha em casa e passaram mil coisas pela minha cabeça. Pegar o bebê conforto, ir para o hospital, chamar meu esposo. Tudo isso demoraria. Desesperada liguei para a Brigada Militar, que me atendeu na hora — declara.
Do outro lado da linha, o soldado Bernardo Erbe Salaberry, da Sala de Operações da BM de Passo Fundo, atendeu a ligação. Em pouco menos de quatro minutos, o brigadiano passou orientações para a mãe, que conseguiu desengasgar a filha. Enquanto o trabalho era finalizado, uma viatura da BM foi até a residência de Gabriele confirmar que Heloísa estava salva.
— Foi um desespero muito grande. Fiquei com muito medo de perder ela. Foi muito tenso até ela desengasgar. O atendimento foi maravilhoso, eles foram sensacionais. Ficaram comigo na ligação o tempo todo — agradece a mãe.
Cada minuto é importante nos casos de afogamento. Não podemos desperdiçar nenhum segundo
BERNARDO ERBE SALABERRY
Soldado da Brigada Militar
O soldado Salaberry ficou emocionado ao saber da repercussão. Essa foi a primeira vez que ele fez esse tipo de atendimento.
— Sinto com isso, cada vez mais, que estou na profissão certa. Fiquei emocionado em saber da repercussão dessa ocorrência — declara o brigadiano.
O que fazer nestas situações
Em situações como essa de engasgue de bebês, a orientação é para fazer contato com os números de emergência 190, 192 e 193. A partir do contato, bombeiros ou policiais tentam acalmar os pais e passar orientações de procedimento. Enquanto o atendimento inicia por telefone, uma viatura mais próxima é deslocada para o local para fazer o atendimento presencial.
— Cada minuto é importante nos casos de afogamento. Não podemos desperdiçar nenhum segundo — enfatiza o soldado Salaberry.
Passo a passo para desafogar bebês
- Colocar o rosto do bebê na palma da mão, a barriga no antebraço e passar as pernas no antebraço
- Deixar a cabeça da criança abaixada num ângulo de 30º
- Fazer compressões nas costas ou dar leves tapinhas
- Após o bebê expelir, verificar se ainda tem algo obstruindo na boca
- Voltando a coloração normal, após o acontecimento, levar o bebê para atendimento para verificar se houve lesão ou sequela
GZH Passo Fundo
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