Um dia depois de ser eliminado pela Uruguaianense nas semifinais do Gauchão de Futsal 2023, o Passo Fundo Futsal (PFF) fez a sua primeira avaliação após a queda. Internamente, o clube vê como positiva a participação na competição e apontou as lesões como uma das pedras no caminho do time nesta temporada.
Para o técnico Tiago Bortolon, o duelo contra a Uruguaianense foi marcado pelo equilíbrio. No entanto, ele lamentou que a vaga tenha sido decidida em um lance no final da partida.
— Foi uma boa semifinal, um grande enfrentamento. As equipes souberam se impor em casa. Tanto em Passo Fundo, como em Uruguaiana, a diferença de gols no jogo foi a mesma. Acredito que tudo se encaminhava para a decisão por pênaltis, que, talvez, representasse melhor o equilíbrio do confronto como um todo. Mas em jogo decisivo, às vezes, um único episódio decide o vencedor. Foi isso, infelizmente, o que ocorreu — disse o treinador.
O presidente do Passo Fundo, Marcio Patussi, revelou que o clube tentou blindar a delegação de um possível clima hostil na Fronteira Oeste. Portanto, levou sete seguranças para evitar contratempos na partida.
— Foi um jogo que tivemos o maior cuidado para deixar nossos atletas tranquilos. Sabíamos da pressão que seria jogar em Uruguaiana. E isso aconteceu desde antes da partida, no aquecimento, com algumas provocações por parte de jogadores adversários e da torcida. Levamos sete seguranças para dar um maior conforto para nossos atletas e comissão. Isso já demonstra o clima tenso que seria esse jogo — comentou o mandatário do clube.
Apesar disso, é consenso dentro do clube que o fator que mais atrapalhou foram as lesões. O clube isentou o trabalho de preparação física, pois as lesões teriam origem em jogadas mais disputadas durante jogos ou treinos. No jogo em Uruguaiana, o ala Coito saiu com uma lesão na panturrilha e Rômulo teve duas fraturas em uma das mãos. Patussi lembrou que nesta temporada quatro jogadores tiveram lesões graves e passaram por cirurgia.
— Esse ano foi bastante atípico tendo em vista o número de atletas que passaram pelo departamento médico com cirurgias. Isso, sem dúvida, fez falta nessa fase decisiva. Terminamos a partida com cinco jogadores em condições de jogo. Isso demonstra o esforço que o PFF fez para tentar uma vaga na final.
Para Tiago Bortolon, os seus atletas se doaram ao máximo para suprir as carências por conta do departamento médico lotado.
— Precisamos entender que fizemos o máximo com todos os problemas que tivemos. No jogo de Uruguaiana não tínhamos Jackson e Guto, que são alguns dos atletas que se lesionaram mais recentemente. Gamarra e Potengi voltavam de inatividade, sem treinos nas pernas, ou ritmo de jogo. Lutamos muito, estivemos muito perto, ao menos das penalidades. Não era para ser a nossa vez — frisou Bortolon.
No entanto, para o presidente Marcio Patussi, o clube tem mais motivos para se alegrar do que para se lamentar, apesar da recente eliminação.
— Estamos frustrados, pois queríamos estar nesta final, mas jamais de cabeça baixa, pois foi um ano consagrador. Participamos de duas semifinais no Gauchão e Copa dos Pampas e a final da Taça Farroupilha. Tivemos time competitivo. Mas playoff é isso. Vamos projetar 2024 com cabeça fria para trazer para o nosso torcedor um time altamente competitivo — concluiu.