Banido do futebol pela Fifa por envolvimento em manipulação de resultados no futebol brasileiro, o ex-meia do Ypiranga, Gabriel Tota, continua praticando o esporte, mas no futebol amador de Minas Gerais. O atleta de 21 anos está sendo um dos destaques do Campeonato Regional de Patos.
Tota foi um dos jogadores investigados por participar de um esquema ilegal de manipulação de partidas no futebol profissional descoberto pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás. Os jogadores Ygor Catatau e Matheus Phillipe também foram banidos pela entidade máxima da modalidade.
O ex-meia do Ypiranga foi anunciado pelo Paranaíba, do município mineiro de Carmo do Paranaíba, em 22 de agosto, para a disputa do Regional de Patos de Minas.
Ele é considerado um dos principais jogadores do time, sendo responsável pela classificação do clube à semifinal da competição. Na redes sociais, o atleta compartilha seus gols com a camisa do novo clube.
Esperança de voltar a jogar profissionalmente
Após a confirmação da Fifa, na última segunda-feira (11), Tota publicou um vídeo comentando a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nas redes sociais. Na gravação, ele diz que tem esperança de voltar a jogar profissionalmente.
— A decisão do STJD me doeu demais. Todo ser humano erra, só não podemos persistir no erro e todos devem ter a sua segunda chance. Todo erro tem sua consequência e eu vou ter que arcar com ele, no qual já venho sendo bastante prejudicado e estou sofrendo todas as punições possíveis. Espero e tenho fé que eu vou ter minha segunda chance no futebol e vou dar a volta por cima — disse.
O atleta se envolveu em esquemas ilegais sobre manipulação de resultados em sites de apostas. Até então no Juventude, havia suspeitas de que ele aliciava seus companheiros para se juntarem ao negócio na intenção de conseguir mais dinheiro com os jogos.
Além de Tota, Ygor Catatau foi acusado pelo MP-GO de ter manipulado a partida entre Sampaio Corrêa e Londrina, pela Série B, e Matheus Phillipe foi aliciado pelos apostadores a interferir em um resultado do Sergipe. Na sentença, os três foram proibidos de jogar futebol pelo resto de suas vidas.