A ACBF é a grande campeã da Série Ouro de Futsal 2024. Em casa, a equipe laranja bateu o Atlântico, neste sábado (7), no tempo normal e na prorrogação, garantindo que a taça ficará em Carlos Barbosa.
Como o Galo havia largado na frente no primeiro jogo, em Erechim, o time da Serra precisava devolver o resultado em seu ginásio. E foi o que eles fizeram no tempo normal, com 7 a 1 para os donos da casa. Na prorrogação, o empate bastava para a ACBF, que teve a melhor campanha no torneio, mas nem foi preciso olhar o regulamento: a equipe voltou a vencer, desta vez por 2 a 0, e ficou com o título.
O confronto, o primeiro do time principal do Atlântico após a eliminação do Gauchão de Futsal, por decisão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), também foi marcado por um gesto simbólico do Galo. O grupo entrou em quadra com uma faixa com os dizeres “racismo é crime”.
No último sábado (30), a equipe abandonou a semifinal da competição da Liga Gaúcha após um de seus jogadores ser alvo de injúria racial, proferida por um torcedor do Guarany de Espumoso, o que levou à desclassificação do Atlântico. O adversário, enquanto isso, foi condenado a uma multa e a dois jogos sem torcida. O clube de Erechim deve recorrer da decisão.
O jogo
O Atlântico começou a partida pressionando, mas foi a ACBF quem largou na frente. Em uma cobrança de falta, a bola foi rolada para Murilo, que chutou no ângulo e abriu o placar, com 1min30s.
Depois, o time da casa passou a dominar as ações da partida. No entanto, com a troca do quarteto, o Atlântico cresceu. Aos 8min30s, Gessé investiu em jogada individual pela ala esquerda, chutou rasteiro e empatou a partida.
A ACBF passou à frente do placar de novo aos 10, quando Barbosinha chutou de primeira e contou com a falha do goleiro Ale Falcone para fazer 2 a 1. Aos 19, o time de Carlos Barbosa teve um tiro livre a seu favor. Murilo cobrou, converteu e aumentou a vantagem.
Goleada no segundo tempo
A situação do Galo complicou no início do segundo tempo, quando o juiz expulsou Elenilson, pelo segundo cartão amarelo. Os jogadores reclamaram demais e o juiz expulsou Vilela, que estava na reserva. Aos 3min30s, a ACBF aumentou a vantagem para 4 a 1 com Renatinho.
O Galo passou a jogar com goleiro-linha, mas o time sentiu o golpe. Aos 6min20s, Barbosinha recuperou a bola, chutou por cobertura e marcou o quinto gol da equipe laranja. A diferença aumentou quando o goleiro Ryan recuperou a bola e chutou para fazer 6 a 1. Faltando 40 segundos para o fim, Fernando fez o sétimo gol da ACBF.
O resultado levou a final para o tempo extra, uma vez que o Atlântico havia vencido o confronto de ida por 4 a 2.
Prorrogação
Na prorrogação, a ACBF tinha a vantagem de jogar pelo empate, uma vez que teve a melhor campanha na competição, e o Atlântico tratou de pressionar. O gol quase veio quando Suelton ficou livre de marcação, mas ele acertou a trave.
Depois de um primeiro tempo sem gols, o Galo passou a jogar com goleiro-linha. No entanto, depois de um erro na troca de passes, Daniel aproveitou o gol vazio, chutou de longe e fez 1 a 0 para a ACBF.
Pouco depois, foi a vez do capitão Caio marcar e aumentar o placar. O jogador foi bastante celebrado pelos colegas, pois está se aposentando do futsal.
Aos três minutos, a equipe de Carlos Barbosa teve um tiro livre a seu favor. Fernando bateu e João Paulo defendeu, mas não foi o suficiente para salvar o Atlântico, que ficou com o vice-campeonato na Série Ouro.