A Cátedra Unesco, uma rede de cooperação acadêmica, foi lançada nesta quarta-feira (21), na Arena UPF Parque, na Universidade de Passo Fundo, no norte do Estado. A rede conta com 12 universidades de três países de língua portuguesa: Brasil, Portugal e Guiné-Bissau. A UPF é uma das instituições fundadoras da iniciativa.
A professora Adriana Bragagnolo, delegada da Cátedra na UPF, explica que o projeto busca promover a cooperação interuniversitária através da partilha e transferência de conhecimentos entre instituições de ensino superior, a solidariedade acadêmica entre os países de língua portuguesa, criando pontes entre o mundo acadêmico e as comunidades locais, com pesquisa e formulação de políticas.
— O que se pretende é contribuir na formação de uma cidade mais digna, melhor e que assegure direitos às pessoas, além de buscarmos, em rede, a construção de processos mais democráticos, para a melhoria das cidades em diversas áreas. A universidade fazendo parte dessa rede irá trabalhar com diferentes temáticas por meio de grupos de trabalho, fazendo contribuições para diferentes áreas.
A professora lembra que um dos eixos da Cátedra é a relação com os municípios que já fazem parte do programa Cidades Educadoras, como Passo Fundo. O objetivo é formar um sistema integrado de ações, pela perspectiva de uma cidade que educa e transforma.
A coordenadora da Cátedra no Brasil, professora Jaqueline Moll, lembrou que a ação é um movimento de cooperação acadêmica, além de ser um espaço de construção de conhecimentos que dialoguem com a vida.
— É um espaço onde as universidades, comprometidas com o meio em que estão inseridas, possam cumprir seu papel e a partir disso possam produzir conhecimento por meio do dialogo com o mundo da vida. Ainda por meio da integração dessa ação, se pretende com que a gestão pública de fato cumpra seu papel na consolidação e construção da justiça social, em especial no Brasil, no enfrentamento das desigualdades.
A professora Ana Patrícia Almeida, de Portugal, conta que o projeto vem sendo planejado há cerca de três anos, com empenho de muitas pessoas para ser um espaço que seja de todos e para todas as cidades.
A reitora da UPF, professora Bernardete Maria Dalmolin, afirmou que a Cátedra é a consolidação de um movimento que há anos vem sendo feito por diversas pessoas.
— Se hoje estamos aqui para estarmos juntos nesta grande projeto é porque tivemos a sensibilidade de olhar junto para a necessidade de uma sociedade melhor, a partir de uma educação que transforma, das mais diferentes maneiras. Só conseguimos fazer transformações coletivamente, em uma rede que se encontra e que junto produz transformações significativas. Que bom que temos essa força coletiva em prol de um mundo melhor.
O secretário de Educação de Passo Fundo, Adriano Teixeira, falou sobre a importância desse projeto que coloca a educação como elemento transformador.
— A UPF tem transformado a nossa região por meio da educação, além do serviço que presta na formação dos profissionais nas mais diversas áreas, que tem criado melhores condições de vida para nossa população, uma das provas disso é que Passo Fundo cresceu 17% segundo o último censo. Este tipo de ação dá ainda mais potência para o que precisamos nas políticas públicas, que é a análise, planejamento, produção do conhecimento e uma maior integração da academia com a vida e o dia a dia das cidades.
Representando o comitê internacional da Cátedra, o professor Márcio Tascheto, afirmou que o projeto relança as concepções sobre educação e o papel da universidade neste contexto.
— Acreditamos que a partir desse movimento possamos fazer redes potentes como a Cátedra, que dialoga com outros movimentos, integrando processos de pesquisa, extensão e ensino.
GZH Passo Fundo
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