No mês em que se comemora o Dia Nacional do Farmacêutico, os profissionais da área têm recebido homenagens e agradecimentos. Não é para menos, já que cumprem um papel de valor inquestionável para a sociedade e são os profissionais que a população tem mais facilidade de acesso.
Prova disso é que, recentemente, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) destacou o papel dos farmacêuticos como agentes de transformação social. E, em 2014, a Lei Federal 3.021 definiu as farmácias como estabelecimentos de saúde e ampliou a gama de serviços oferecidos por estes locais, aumentando também a responsabilidade desses profissionais.
– Nos últimos 10 anos, a profissão farmacêutica no Brasil experimentou avanços notáveis, consolidando-se como uma peça-chave no cenário de saúde ao desempenhar um papel ainda mais amplo e integrado nas farmácias. Essa abordagem mais abrangente não apenas beneficia diretamente os pacientes, mas também contribui para a prevenção e promoção da saúde em nível comunitário. A interação direta entre farmacêuticos, pacientes e demais profissionais de saúde cria uma oportunidade valiosa para educação em saúde, monitoramento de tratamentos e intervenções preventivas – ressalta o conselheiro do CFF, Roberto Canquerini.
Com mais de 3,5 mil farmacêuticos atuando junto à população, a Rede de Farmácias São João, quarta maior varejista brasileira, atende em mais de 1,1 mil lojas no sul do país. Com investimento permanente em infraestrutura, ampliação dos serviços farmacêuticos, qualificação profissional e oportunidades de crescimento, a rede já marcou a carreira de centenas de profissionais da área.
A farmacêutica Nicole Fernandes de Lima, que está há 8 anos na empresa, começou como estagiária e atualmente é gerente de Suporte Técnico Farmacêutico. Em sua rotina, tem a responsabilidade de conduzir todos os colegas farmacêuticos, por meio de treinamentos, orientação técnica e intermediação com órgãos fiscalizadores.
– É uma honra enorme fazer parte de uma empresa que incentiva e acredita no profissional farmacêutico. Além disso, oportuniza educação continuada para os profissionais terem segurança e assertividade nos atendimentos. O farmacêutico é geralmente o primeiro e o último contato da população em uma jornada envolvendo a saúde. Quando a pessoa tem algum sintoma, é intuitivo procurar em primeiro lugar a farmácia, onde lá estará o farmacêutico para atendê-la – afirma Nicole.
Segundo dados da Rede, mais de 1,2 milhões de atendimentos clínicos foram realizados nos consultórios da São João em 2023. Além disso, a rede investe em treinamentos de qualificação e busca por novidades no mercado, para ofertar melhores serviços, com o compromisso em estabelecer vínculos de confiança e constante atualização técnico-científica.
– Ser farmacêutico é ter a oportunidade de mudar destinos. Diferente do que a maioria das pessoas pensa, vai muito além da dispensação de medicamentos. Estamos presentes no diagnóstico, através dos exames de análises clínicas, no desenvolvimento dos medicamentos, no controle de qualidade das indústrias, controle sanitário, na descoberta até na aplicação das vacinas que irão proteger a população – destaca Nicole.
Colaborador da São João há 7 anos, Fernando Jardim atua em uma das filiais de Novo Hamburgo e afirma que a possibilidade de exercer as atividades associadas ao serviço farmacêutico, como as vacinas, remete à importância do profissional em diferentes etapas na vida dos pacientes. Ele acredita que servir e inspirar carinho deve ser um dos principais fundamentos de uma trajetória.
– Integrar a equipe São João contempla diariamente a continuação e a realização de sonhos. O crescimento da empresa está diretamente relacionado com o crescimento profissional de cada colaborador. Ser o farmacêutico de alguém, ou de uma família, é um propósito que deve ser comemorado e valorizado – ressalta Fernando.
Confira 4 curiosidades sobre a profissão de farmacêutico no Brasil:
1) Primórdios da profissão
A profissão de farmacêutico tem origem nos antigos boticários, que eram especialistas na fabricação de fármacos utilizados em tratamentos de diversas doenças e até na criação de perfumes. Era um momento em que os farmacêuticos substituíam os médicos em várias ocasiões, sendo, em muitos casos, a única saída para quem não tinha acesso a hospitais.
2) Poeta farmacêutico
Considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa, o mineiro Carlos Drummond de Andrade era formado em Farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele concluiu o curso em 1925 e hoje é possível ter acesso aos registros de sua passagem pela instituição no Centro de Memória da Farmácia.
3) Primeiro curso
Em 1839, o governo provincial de Minas Gerais fundou, em Ouro Preto, a primeira Escola de Farmácia, pioneira para o ensino exclusivo da profissão no país. Em 1916 foi criada a Associação Brasileira de Farmacêuticos, que funciona até hoje e está localizada na cidade do Rio de Janeiro.
4) Consultas para a população
A partir da publicação da Lei 13.021, de 2014, as farmácias do Brasil puderam oferecer uma nova diversidade de serviços de saúde, como consultas, exames e vacinas. Com isso, a São João investiu na infraestrutura das filiais, com consultórios farmacêuticos que garantem a privacidade do paciente no atendimento. Algumas lojas possuem até três consultórios, sendo um dedicado para aplicação de vacinas, outro para testes de covid-19 e um terceiro para os demais serviços de saúde disponíveis, como: exames de perfil lipídico, avaliação de colesterol e triglicerídeos, testes de dengue, exame de TSH, avaliação da função da tireoide, exame de PSA, rastreamento de alterações na próstata, e exame de gravidez.