A experiência como pedagoga e mãe de dois possibilitou que a agora empresária Marina Viaselli Watter se tornasse pioneira no negócio de aluguel de brinquedos de Passo Fundo, em 2019. Hoje, a empresa tem mais de 150 itens lúdicos, reúne clientes de todo o RS e não para de crescer.
A ideia de criar a Happy Toy veio depois da insistência do filho mais novo, hoje com seis anos, em comprar uma moto elétrica infantil — brinquedo que, dependendo do modelo, chega a custar R$ 700.
Como o investimento era alto, os pais se questionaram se o filho iria de fato brincar com a moto ou só estava se deixando levar pela emoção típica das crianças. Daí veio o momento "eureca":
— Fui pesquisar e vi que existia algo parecido com aluguel de brinquedos em outros lugares, mas não aqui em Passo Fundo — conta Marina.
Até então inexperiente no ramo dos negócios, Marina entendeu que podia ocupar esse espaço. Fez o primeiro investimento de R$ 5 mil e comprou uma seleção de brinquedos pensando no interesse dos clientes para alugá-los.
Cinco anos depois, o negócio que começou no quintal de casa ganhou um espaço maior e até se transformou em um local para festas infantis, na Vila Rodrigues.
— Desde o início até agora, mais que triplicamos o faturamento. Conseguimos ter um bom crescimento mesmo investindo em mais brinquedos e mão de obra, ano após ano — contou Marina, que preferiu não abrir os números.
Mas, se for preciso falar em cifras, o aluguel de brinquedos vai de R$ 35 a R$ 200, com opção de 15 ou 30 dias de empréstimo. Os empréstimos são para crianças de zero a cinco anos — e é raro que se percam ou voltem quebrados, conta Marina.
Economia circular
A iniciativa chamou a atenção e a empresa acumula clientes não só de Passo Fundo, mas de outras cidades gaúchas como Marau, Santa Maria e Guaporé.
O segredo, segundo Marina, está no compromisso com a sustentabilidade (os brinquedos são sempre entregues em sacos de pano para evitar o plástico, por exemplo) e a higienização (eles são devidamente limpos a cada uso).
Tudo isso tem a ver com a experiência que adquiriu sendo mãe: é preciso entender o que pais e crianças procuram e, especialmente, compreender as demandas de cada fase do desenvolvimento.
— É muito comum que brinquedos caros fiquem esquecidos porque as crianças têm suas fases. Elas brincam, cansam e depois já querem outra coisa. O aluguel facilita essa rotatividade e evita o acúmulo — explicou a empresária.
No aluguel, os itens mais procurados são as famosas cadeirinhas de balanço Mamaroo, que passam dos R$ 3 mil e, na empresa, podem ser alugadas por R$ 200 — iniciativa sustentável que repercute contra o excesso de consumo e de lixo no mundo.
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