Por Fabio Faccio, CEO da Renner
As recentes enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul expuseram, mais uma vez, a fragilidade das nossas infraestruturas fluviais. Com a água já escoada e os primeiros socorros emergenciais realizados, resta um desafio crucial: a dragagem dos rios do Guaíba e da Lagoa dos Patos.
Este processo não é apenas uma questão de limpeza superficial, mas uma ação vital para prevenir futuras cheias e minimizar os riscos de novas catástrofes naturais.
Durante as enchentes, a força das águas carrega consigo grande quantidade de sedimentos, como lama, areia, lixo e entulho.
A dragagem melhora a qualidade da água, reduzindo a proliferação de resíduos que podem impactar negativamente a fauna aquática e a saúde das comunidades ribeirinhas
Quando as águas finalmente descem, esses materiais se acumulam no fundo dos rios e corpos d’água, reduzindo sua profundidade e capacidade de escoamento. Sem uma intervenção adequada, a próxima grande chuva pode encontrar um sistema fluvial já comprometido, com maior risco de transbordamento.
A dragagem, portanto, se torna uma ação imprescindível. Ela consiste na remoção desses materiais acumulados, restaurando a profundidade natural dos rios e dos lagos, permitindo que a água escoe de forma mais eficiente durante períodos de cheias.
Além disso, a dragagem melhora a qualidade da água, reduzindo a proliferação de resíduos que podem impactar negativamente a fauna aquática e a saúde das comunidades ribeirinhas.
Especialistas apontam que, sem uma política constante de manutenção e dragagem, os sistemas fluviais ficam mais suscetíveis a desastres.
A falta de planejamento e ação preventiva foi um dos fatores que agravaram os impactos das enchentes recentes no Estado.
Investir em dragagem agora significa prevenir danos maiores no futuro, protegendo não apenas as infraestruturas, mas, principalmente, vidas.