Por Roberto Rachewsky, empresário
Leio no New York Post do dia 24 passado que a força de defesa de Israel interceptou Mahmud falando com os pais pelo celular da mulher que ele acabara de matar. Exultante, Mahmud dizia: “Pai, matei pelo menos 10 judeus com minhas próprias mãos”. Orgulhoso, declara: “Mãe, seu filho é um herói”. O pai pede: “Volte para Gaza, basta”. Mahmud suplica: “Por favor, tenha orgulho de mim, pai”. E completa: “Como assim, voltar? O que há de errado contigo? Ou a vitória ou o martírio. Minha mãe me colocou no mundo para lutar pela religião”. Antes de desligar, Mahmud reitera que enviou imagens. Provas do seu heroísmo, evidências da sua barbárie particular.
Entendam, o Hamas governa Gaza. Os terroristas não são marcianos. São pessoas comuns, que ligam para os pais para contar o que fizeram num sábado. Naquele sábado, invadiram Israel, roubaram, estupraram, dilaceraram, decapitaram, mutilaram, queimaram, assassinaram e sequestraram inocentes, bebês, crianças, adolescentes, adultos, mulheres grávidas, sobreviventes do Holocausto e até cães. As cenas, capturadas pelos próprios terroristas, excitaram os militantes da esquerda e os idiotas úteis que servem de massa de manobra nas manifestações onde gritam, histericamente: “Viva Hamas”. Os fatos permitem a dedução de que a população de Gaza sofre lavagem cerebral. A autoestima dá lugar à obediência servil e à devoção a uma causa perdida, sem volta, sem futuro. Os fanatizados seguem uma ideologia religiosa totalitária, que tem a extinção do Estado de Israel e dos judeus entre suas premissas. O povo de Gaza sofre, enquanto seus líderes psicopatas vivem luxuosamente no Catar, na Turquia ou no Irã.
O povo de Gaza sofre, enquanto seus líderes psicopatas vivem luxuosamente
O massacre do dia 7 de outubro não deixa dúvidas, o Hamas está doutrinando jovens para se comportarem como selvagens, seres incapazes de usar a razão, de alcançar qualquer noção de moralidade, inaptos para a vida em sociedade. Atrocidades assim foram cometidas por alemães e japoneses no passado. Só aceitaram a rendição incondicional, permitindo o retorno da civilidade ao Japão e à Alemanha, após os aliados terem devastado Dresden, Hiroshima e Nagasaki. Render o Hamas é necessário para que Gaza possa ser civilizada, superando o vitimismo que leva à dependência, à submissão e ao ódio.
Israel é fruto do esforço de banqueiros, agricultores, comerciantes, industriais e trabalhadores judeus que fugiram do antissemitismo, compraram terras, investiram, transformaram a escassez dos pântanos e dos desertos num oásis de abundância, construíram uma sociedade livre, aberta, próspera. O povo judeu pode guiar o povo palestino nessa caminhada, como foi guiado por Moisés pelas areias do Sinai, fugindo do Egito, em direção à liberdade.