Por Daniel Randon, Presidente das Empresas Randon e do Conselho do Transforma RS
O bicentenário da independência do Brasil merece ser comemorado. Afinal, foi o ponto de partida para a democracia que vivemos e que é nosso dever preservar. Com identidade própria e domínio sobre o nosso destino, temos que respeitar o passado como um legado de ensinamentos, compreender o atual momento e iluminar a construção do futuro.
Já somos um país do presente, que evoluiu, mas que ainda tem um longo caminho a trilhar. Olhando sempre adiante e mais longe. “O Brasil tem um enorme passado pela frente”, escreveu sabiamente Millôr Fernandes.
A nós, como cidadãos, compete resgatar o orgulho de nossa Pátria, retomando o pertencimento como um sentimento verdadeiro e legítimo. Vamos ensinar as novas gerações a valorizarem símbolos maiores, como a bandeira nacional, que é de todos nós, trabalhando e nos comportando dentro dos preceitos da Ordem e do Progresso.
A independência oficializada pelo Grito do Ipiranga por D. Pedro nos tirou da condição de colônia de Portugal. E o sete de setembro de 1822 nos levou à maioridade política, econômica, social e cultural. Somos um país jovem aos 200 anos quando comparados a Nações já consolidadas, especialmente europeias, o que significa que temos muito a amadurecer ainda.
Vamos retomar o sentimento de pertencimento de nossa Pátria que tem na bandeira nacional seu símbolo mais legítimo e no voto o instrumento mais eficaz
É com empenho e serenidade que vamos continuar a construção de uma sociedade mais igual e próspera, honrando as conquistas históricas iniciadas em 1500 com a descoberta, seguida de tantas outras como a abolição da escravidão em 1888, a instalação da República, em 1889, a industrialização iniciada em 1930. Sem esquecer a tão buscada redemocratização, em 1985, um acontecimento que foi fruto da organização da sociedade, de extrema relevância para cada um de nós. São fatos que merecem nossa vigilância e que não podem sofrer retrocessos. Além da democracia precisamos de mais segurança jurídica para evoluir e incentivar o empreendedorismo que gera empregos e riquezas, e assim, aumentar o “bolo” para tirar as pessoas da linha da miséria. Apenas a divisão de riqueza como solução é falácia que não se sustenta pois é preciso aumentar a renda total de cada cidadão.
A independência do Brasil do presente passa pelo equilíbrio dos três poderes e pela vigilância na liberdade de expressão. Nosso direito de ir e vir é garantido na Carta Magna. Acima de tudo, temos o mais eficaz instrumento que é, sem dúvida, o voto consciente dos cidadãos a ser depositado nas urnas em outubro. Um simples gesto a partir de escolhas de representantes responsáveis, que devem ser cobrados pelas suas posições e entregas. Só assim garantiremos uma Nação livre, soberana e com independência.