Por Ricardo Felizzola, CEO do Grupo PARIT S/A
Mais uma vez bandeiras verde-amarelas empunhadas pela cidadania pedindo reformas, demissões no STF, e protestando sobre atos do Congresso que afrontam o razoável, estavam nas ruas no último fim de semana. Trata-se de uma consciência de que o Brasil tem de mudar a partir do estágio atual que é o resultado de 30 anos de um dirigismo estatal ineficiente. Durante este tempo houve a evolução de um sistema que, baseado na Constituição de 1988, se implantou no país para sugar, para roubar, para inibir o crescimento e para criar monstrengos de toda ordem, sempre em nome dos desvalidos, do povo pobre do Brasil. Uma democracia manipulada pelo dinheiro foi o principal método político e que deixa uma herança institucional que obriga agora o contribuinte a aceitar que algo em torno de 3 bilhões de reais sejam gastos nas próximas eleições para cobrir campanhas. Um simples absurdo ! Vai-se gastar isto com o que ? Nas últimas eleições, apesar do sistema estar no seu apogeu, ele foi detonado pelas redes sociais e veio uma mudança notável. Há hoje um processo quase revolucionário em curso. As Câmaras perderam seu viés de esquerda e o Legislativo está aprovando mudanças. A Previdência é um exemplo.
Há ainda uma consciência popular do que ocorre. E isto se dá sem a menor colaboração da mídia convencional que, sem perceber-se ridícula, e isto é incrível, atira-se no ser do contra, irritada com os defeitos de retórica do presidente, deixando de lado o que realmente importa, que é o que está sendo feito para mudar o Brasil.
Ver a maior parte da mídia nacional dar um apoio tácito a um equivocado presidente francês, claramente defendendo interesses econômicos de seu país, mentindo que a Amazônia estaria sendo destruída pela política do novo governo, decepciona quem gostaria de ver análise fria, técnica e completamente contextualizada com um mínimo de patriotismo.
Quem reage às mudanças sem um argumento que não seja a pura antipatia pelo atual presidente, deveria pensar mais no país e aceitar o que pensa o brasileiro. A agenda de reformas é imensa, e ao invés de nos preocuparmos com retórica de político precisamos ajudar o Brasil a tomar rumo, e se este rumo é diferente do que nos orientou nos últimos anos, tem chance de ser muito mais certo.